A agência de classificação de risco Moody's rebaixou hoje a nota de crédito da dívida pública do Japão de A1 para Aa3 citando a "incerteza elevada sobre a capacidade do país de reduzir o déficit fiscal", noticiou hoje o jornal americano The Wall St. Journal, porta-voz do centro financeiro de Nova York.
A decisão do primeiro-ministro Shinzo Abe de adiar por 18 meses o aumento de um imposto sobre consumo para conter a desaceleração da economia traz um "risco para a consolidação fiscal e, em longo prazo, à sustentabilidade da dívida e à capacidade de pagar" do país.
O Japão tem a maior dívida pública do mundo como proporção do produto interno bruto, equivalente a 230% de toda a riqueza gerada pelo país num ano. Com o rebaixamento, fica evidente o desafio enfrentado pelo governo Abe, que adotou várias medidas de estímulo para combater a deflação e a estagnação e acelerar o crescimento.
Ao mesmo tempo, "o governo colocou um pé no freio e o outro no acelerador", observou Thomas Byrne, vice-presidente do grupo de risco soberano da Moody's, acrescentou que adiar o aumento do imposto "poderia ter mérito" se o crescimento e a arrecadação de impostos subissem. A perspectiva da dívida japonesa é estável.
Este é o blog do jornalista Nelson Franco Jobim, Mestre em Relações Internacionais pela London School of Economics, ex-correspondente do Jornal do Brasil em Londres, ex-editor internacional do Jornal da Globo e da TV Brasil, ex-professor de jornalismo e de relações internacionais na UniverCidade, no Rio de Janeiro. Todos os comentários, críticas e sugestões são bem-vindos, mas não serão publicadas mensagens discriminatórias, racistas, sexistas ou com ofensas pessoais.
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