Diante do impasse com o Congresso para aprovar o orçamento para o ano fiscal iniciado em 1º de outubro de 2013 e o fechamento parcial da máquina federal nos Estados Unidos, o presidente Barack Obama cancelou hoje a viagem que faria à Ásia, que sempre apresentou como uma prioridade de seu governo.
Obama já havia suspendido as visitas à Malásia e às Filipinas. Agora, decidiu não ir a encontros de cúpula na Indonésia e em Brunei, deixando de comparecer à reunião anual dos líderes do fórum Cooperação Econômica da Ásia e do Pacífico (APEC).
Em entrevista no fim da manhã de hoje, o principal líder oposicionista no Congresso, o presidente da Câmara, deputado John Boehner, recuou de uma afirmação feita ontem por seus assessores que ele vai impedir um calote inédito da dívida pública dos EUA. Isso pode acontecer se a Câmara, dominada pelo Partido Republicano, não aprovar a elevação do teto da dívida até 17 de outubro de 2013.
Como é a maior arma que tem para pressionar a Casa Branca, Boehner negou responsabilidade pelo fechamento do governo e disse que não quer ver um calote sem declará-lo impossível.
Os líderes republicanos alegam que o presidente Obama se nega a negociar, mas insistem em vincular a aprovação do orçamento ao adiamento da reforma de saúde aprovada há três anos, quando o Partido Democrata tinha maioria nas duas casas do Congresso dos EUA.
Hoje a ultradireita republicana do movimento Festa do Chá, os teahadists - mistura de tea do chá em inglês com jihadistas, os extremistas muçulmanos - consideram-se no direito de destruir o programa de saúde de Obama, que visa a oferecer cobertura para mais de 40 milhões de americanos pobres sem seguro de saúde.
Este é o blog do jornalista Nelson Franco Jobim, Mestre em Relações Internacionais pela London School of Economics, ex-correspondente do Jornal do Brasil em Londres, ex-editor internacional do Jornal da Globo e da TV Brasil, ex-professor de jornalismo e de relações internacionais na UniverCidade, no Rio de Janeiro. Todos os comentários, críticas e sugestões são bem-vindos, mas não serão publicadas mensagens discriminatórias, racistas, sexistas ou com ofensas pessoais.
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