A ditadura comunista da China usa um exército de 2 milhões de censores para controlar as mensagens trocadas pelos 700 milhões de usuários da Internet no país, revelou o jornal Notícias de Beijim.
A maioria desses censores usa um computador para pesquisar palavras-chaves que possam indicar a circulação de conteúdos considerados subversivos nas redes sociais chinesas, assim como a articulação de movimentos de protesto.
Quando a Primavera Árabe derrubou as ditaduras da Tunísia e do Egito, houve tentativas de dissidentes chineses de organizar protestos contra o regime, mas o número de policiais sempre superou o de manifestantes.
Esses policiais ou agentes secretos da rede são pagos pelos órgãos de propaganda do Partido Comunista e do governo, e por empresas privadas que colaboram com a comunidade de informações. De 14 a 18 de outubro de 2013, o Diário do Povo, órgão oficial do PC chinês, fará cursos de treinamento para "analistas da opinião pública", noticia a agência de notícias France Presse.
Um internauta que difundir uma mensagem considerada difamatória retransmitida por outros 500 internautas pode pegar três anos de cadeia. Vários blogueiros populares, alguns com milhões de seguidores, foram interpelados nos últimos meses sob a acusação de "inventar ou repassar boatos".
O regime comunista também usa batalhões de internautas para comentar os assuntos do momento de modo a orientar os debates na rede para as linhas do pensamento oficial.
Este é o blog do jornalista Nelson Franco Jobim, Mestre em Relações Internacionais pela London School of Economics, ex-correspondente do Jornal do Brasil em Londres, ex-editor internacional do Jornal da Globo e da TV Brasil, ex-professor de jornalismo e de relações internacionais na UniverCidade, no Rio de Janeiro. Todos os comentários, críticas e sugestões são bem-vindos, mas não serão publicadas mensagens discriminatórias, racistas, sexistas ou com ofensas pessoais.
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