Depois do golpe que derrubou o presidente eleito Mohamed Mursi, do massacre de mais de mil civis pela ditadura militar e de outras medidas repressivas, os Estados Unidos decidiram cortar a ajuda militar do Egito, de US$ 1,3 bilhão por ano, ou pelo menos os US$ 585 milhões ainda não desembolsados em 2013. Israel é contra.
Essa ajuda é dada desde que o Egito abandonou o Bloco Soviético, alinhou-se aos EUA e fez um acordo de paz com Israel, em 1979. Agora, autoridades israelenses temem que as relações bilaterais sejam prejudicadas pela decisão americana.
Imediatamente, as monarquias petroleiras do Golfo Pérsico que apoiaram o golpe contra a Irmandade Muçulmana, a Arábia Saudita, o Catar e os Emirados Árabes Unidos, se dispuseram a dar às Forças Armadas egípcias o dinheiro que estão perdendo.
Pela lei americana, os EUA não podem ajudar diretamente regimes golpistas. Como é um dos países mais importantes do mundo árabe e tem um acordo de paz com Israel, o governo Barack Obama relutou, mas ontem a Casa Branca anunciou deixou vazar a notícia, ainda não foi confirmada, do corte da ajuda ao Egito.
Este é o blog do jornalista Nelson Franco Jobim, Mestre em Relações Internacionais pela London School of Economics, ex-correspondente do Jornal do Brasil em Londres, ex-editor internacional do Jornal da Globo e da TV Brasil, ex-professor de jornalismo e de relações internacionais na UniverCidade, no Rio de Janeiro. Todos os comentários, críticas e sugestões são bem-vindos, mas não serão publicadas mensagens discriminatórias, racistas, sexistas ou com ofensas pessoais.
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