Sob protesto de índios e ecologistas, o presidente Rafael Correa conseguiu aprovação para explorar petróleo no Parque Nacional de Yasuni, que fica no leste da região amazônica do Equador. Por 108 a 25, a Assembleia Nacional suspendeu a última restrição constitucional à prospecção e lavra em uma área de preservação ambiental.
Com jazidas estimadas em 920 milhões de barris, cerca de 20% das reservas do Equador, menor país-membro da Organização dos Países Exportadores de Petróleo (OPEP), os campos petrolíferos de Ishpingo, Tambococha e Tiputini foram declarados de "interesse nacional". Ficam numa extremidade do Parque Nacional de Yasuni, uma área de 1 milhão de hectares de floresta tropical úmida considerada reserva mundial de biodiversidade.
Depois de lançar uma campanha mundial para arrecadar dinheiro em valor capaz de compensar a não exploração do petróleo para preservar a natureza e mitigar o efeito estufa, sem sucesso, em 15 de agosto, Correa anunciou a intenção de explorar as reservas.
O governo equatoriano espera arrecadar US$ 19 bilhões - 58% do orçamento de 2013 - em 20 anos. Correa prometeu destinar a maior parte do dinheiro para combater a pobreza, especialmente na Amazônia equatoriana, informou a agência de notícias France Presse.
Este é o blog do jornalista Nelson Franco Jobim, Mestre em Relações Internacionais pela London School of Economics, ex-correspondente do Jornal do Brasil em Londres, ex-editor internacional do Jornal da Globo e da TV Brasil, ex-professor de jornalismo e de relações internacionais na UniverCidade, no Rio de Janeiro. Todos os comentários, críticas e sugestões são bem-vindos, mas não serão publicadas mensagens discriminatórias, racistas, sexistas ou com ofensas pessoais.
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