Sem conseguir reduzir a alíquoto de 75% para o imposto de renda de quem ganha acima de 1 milhão de euros por ano, uma promessa de campanha do presidente François Hollande, os clubes de futebol dos campeonatos franceses da 1ª e da 2ª divisões decidiram manter a greve convocada para o último fim de semana de novembro, anunciou hoje o presidente do Sindicato dos Clubes de Futebol Profissional, Jean-Pierre Louvel.
Hollande recebeu hoje à tarde os dirigentes do futebol francês, mas não quis abrir mão da alíquota que já provocou a emigração do ator Gérard Depardieu, que se naturalizou russo num golpe publicitário do presidente Vladimir Putin.
O governo socialista francês alega não fazer sentido privilegiar os jogadores de futebol, que inevitavelmente vão pressionar os clubes diante da redução do salário efetivamente recebido.
A alíquota excepcional "será aplicada durante dois anos", reiterou o Palácio do Eliseu. "A necessidade de equilibrar as contas públicas justifica plenamente o esforço exigido das empresas que escolheram pagar remunerações anual de tal nível".
Extremamente impopular, com o apoio de apenas 23% dos franceses, desemprego em alta e sem soluções para tirar a França da estagnação econômica, Hollande corre o risco de comprar uma briga com as torcidas de futebol que tem pouca chance de ganhar.
Este é o blog do jornalista Nelson Franco Jobim, Mestre em Relações Internacionais pela London School of Economics, ex-correspondente do Jornal do Brasil em Londres, ex-editor internacional do Jornal da Globo e da TV Brasil, ex-professor de jornalismo e de relações internacionais na UniverCidade, no Rio de Janeiro. Todos os comentários, críticas e sugestões são bem-vindos, mas não serão publicadas mensagens discriminatórias, racistas, sexistas ou com ofensas pessoais.
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