Apesar do ataque terrorista que matou mais de 60 pessoas no luxuoso centro comercial Westgate, em Nairóbi, o Quênia vai manter seus soldados na força da paz da União Africana na vizinha Somália, de onde saiu a milícia extremista Al Chababe (Os Jovens), responsável pela ação, afirmou ontem o presidente Uhuru Kenyatta.
Ao participar de um culto ecumênico em homenagem aos mortos, o líder queniano afirmou: "Os agentes do mal perpetraram o terrorismo em nome da religião. Eles pretendiam destruir a nossa sociedade e dividir o nosso povo ao longo de linhas religiosas, mas lutamos juntos como um povo unido e vamos curar nossas feridas juntos".
Os soldados do Quênia intervieram na Somália em 2011 em apoio ao governo provisório somaliano, atacado pela milícia ligada à rede terrorista Al Caeda. Desde então, os chababes foram expulsos das três principais cidades de seu país - Mogadíscio, Baidoa e Kismayo - e perderam a maior parte de suas fontes de sustento.
"Vamos ficar na Somália até levar a ordem àquele país", declarou o presidente, citado pela rádio estatal americana Voz da América. "Não seremos intimidados. Não vamos nos acovardar".
Com o ataque em Nairóbi, o grupo terrorista tenta mostrar que está vivo e atrair novos militantes.
Este é o blog do jornalista Nelson Franco Jobim, Mestre em Relações Internacionais pela London School of Economics, ex-correspondente do Jornal do Brasil em Londres, ex-editor internacional do Jornal da Globo e da TV Brasil, ex-professor de jornalismo e de relações internacionais na UniverCidade, no Rio de Janeiro. Todos os comentários, críticas e sugestões são bem-vindos, mas não serão publicadas mensagens discriminatórias, racistas, sexistas ou com ofensas pessoais.
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