Sob intensa pressão da ala mais radical do Partido Republicano a não fazer concessões ao presidente Barack Obama, o presidente da Câmara dos Representantes dos Estados Unidos, John Boehner, avisou à bancada oposicionista que não vai permitir um calote da dívida pública federal, informaram há pouco os jornais The New York Times e The Washington Post.
Boehner alertou os radicais de que está disposto a aprovar a ampliação do limite de endividamento do país com votos de republicanos moderados e democratas.
O fechamento parcial da máquina pública federal dos EUA entrou hoje no terceiro dia, causando um prejuízo estimado só na capital, Washington, em US$ 200 milhões por dia. Mas o problema mais sério é a elevação do teto da dívida pública do país, hoje em US$ 16,7 trilhões, limite que deve ser atingido em 17 de outubro de 2013. Sem aumentar este limite, os EUA correm o risco de dar um calote inédito.
Boehner está sendo acusado, inclusive por um editorial do New York Times, de se render à chantagem do movimento radical de direita Festa do Chá, que insiste em derrubar o programa de saúde aprovado no primeiro governo Barack Obama para oferecer cobertura para mais de 40 milhões de americanos que não têm seguro-saúde. Não quer ser responsabilizado também por um calote.
Os ultradireitistas não aceitam a obrigatoriedade de que todo cidadão americano tenha um plano de saúde privado, alegando ser uma medida de caráter socialista, e condicionaram a aprovação do orçamento para o ano fiscal iniciado em 1º de outubro de 2013 ao adiamento da entrada em vigor da reforma por mais um ano. Gostaria de fazer a mesma chantagem para ampliar o teto da dívida.
Este é o blog do jornalista Nelson Franco Jobim, Mestre em Relações Internacionais pela London School of Economics, ex-correspondente do Jornal do Brasil em Londres, ex-editor internacional do Jornal da Globo e da TV Brasil, ex-professor de jornalismo e de relações internacionais na UniverCidade, no Rio de Janeiro. Todos os comentários, críticas e sugestões são bem-vindos, mas não serão publicadas mensagens discriminatórias, racistas, sexistas ou com ofensas pessoais.
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