quarta-feira, 16 de outubro de 2013

Atentado mata governador no Afeganistão

A explosão de uma bomba escondida num microfone matou ontem o governador da província de Logar, Arsallah Jamal, chefe da campanha do presidente do Afeganistão, Hamid Karzai, à reeleição em 2009, informam as agências de notícias internacionais citando como fontes autoridades locais.

Jamal foi morto quando discursava numa mesquita no primeiro dia do Eid al-Adha, o Festival do Sacrifício, um festival religioso muçulmano realizado depois da peregrinação a Meca para comemorar a decisão do profeta Abraão de sacrificar o próprio filho para agradar a Deus.

As principais suspeitas recaem sobre a milícia fundamentalista dos Talebã, acusada diretamente pelo presidente Karzai.

No Corão, o livro sagrado dos muçulmanos, a história é diferente da contada na Bíblia. Pela tradição muçulmana, Abraão sonhou que oferecia o filho Ismael a Deus em sacrifício, revelou o sonho e o filho diz ao pai para respeitar a vontade de Deus. Os dois sobem então o Monte Arafat para provar sua fé realizando o sacrifício.

Como na tradição cristã, na última hora, Deus oferece um cordeiro para o sacrifício. Para os muçulmanos, só depois de ter passado pelo teste Abraão tem o segundo filho, Isaac.

Na Bíblia, Abraão leva o filho Isaac para o alto da montanha sem avisá-lo que está levando-o para o sacrifício: "O que vamos sacrificar, pai?", pergunta Isaac. "Na hora, Deus providenciará", responde Abraão. Em seguida, aparece o cordeiro.

Durante os quatro dias do Festival do Sacrifício, os muçulmanos trocam presentes e sacrificam animais cuja carne é dividida com os pobres.

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