sábado, 26 de outubro de 2013

Jornalista chinês faz confissão de caráter stalinista

Um jornalista chinês preso há oito dias sob a alegação de difamar uma empresa fez uma confissão pública na televisão declarando ter publicado informações falsas, numa humilhação que lembra as autocríticas que os dissidentes comunistas eram obrigados a fazer nos processos forjados pela ditadura de Josef Stalin na União Soviética (1927-53). O jornal Novo Expresso, de Cantão, publicou manchetes na quarta e na quinta-feira pedindo sua libertação.

Chen Yongzhou, de 27 anos, foi detido em 18 de outubro por "suspeita de causar danos à reputação comercial" em razão de reportagens criticando as práticas empresariais e os balanços financeiros da Zoomlion Heavy Industry Science and Technology Company, a segunda maior fabricante de máquinas pesadas da China.

Nos dias seguintes, o jornal, inúmeros blogueiros e outros meios de comunicação chineses acusaram a polícia de abusar do poder e censurar o trabalho jornalístico em defesa dos interesses de grandes empresas e governantes, conta o jornal The New York Times.

O governo da província de Hunã tem participação na empresa, e a polícia de Changsa viajou cerca de 700 quilômetros para prender Chen em Cantão, no Sudeste da China.

Durante a confissão aparentemente forjada, numa declaração de nove minutos, Chen afirmou não ter escrito "nenhuma das reportagens", alegando que "o rascunho original me foi dado por eles", sem esclarecer quem seriam os verdadeiros culpados.

Chen estava algemado e com uniforme prisional verde. A emissora estatal CCTV afirmou que o jornalista "expressou um remorso sem fim por seus crimes", acrescentando: "Fiz isso principalmente para conseguir fama e fortuna. Fui usado".

É com esta ditadura comunista que inventou o "stalinismo de mercado", persegue jornalistas, ameaça os países vizinhos e não respeita os direitos humanos que o governo brasileiro fez uma parceria estratégica ao atrair duas estatais de petróleo chinesas para o consórcio que levou o campo de libra, com 8 a 12 bilhões de barris, num leilão fracassado, sem concorrência.

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