quinta-feira, 17 de outubro de 2013

Ban Ki Moon pede ação armada contra Al Chababe

As Nações Unidas devem reforçar com milhares de homens a força da União Africana que intervém na Somália para lançar uma ofensiva capaz de derrotar a milícia fundamentalista Al Chababe (Os Jovens ou A Juventude), ligada à rede terrorista Al Caeda, conclamou ontem o secretário-geral da ONU, Ban Ki Moon.

O objetivo seria reduzir a capacidade do grupo extremista muçulmano de cobrar impostos, recrutar novos militantes e realizar ações como o ataque que matou pelo menos 72 pessoas num centro comercial de Nairóbi, a capital do Quênia, de 24 a 27 de setembro de 2013.

"A deterioração na situação de segurança ameaça minar o frágil processo político na Somália", advertiu Ban em carta ao Conselho de Segurança da ONU. "Para retomar a iniciativa e evitar retrocessos, há uma necessidade urgente de reiniciar e fortalecer a campanha militar contra Al Chababe".

Ban pediu mais 4,4 mil soldados, pessoal de apoio, helicópteros de combate e outros equipamentos avançados de logística e inteligência para combater os bolsões dominados pelos jihadistas em zonas rurais do Sul da Somália.

A força da UA, formada principalmente por soldados de Burúndi e Uganda, interveio na Somália em 2007 para combater a insurgência muçulmana e proteger o governo provisório somaliano. Tem hoje cerca de 18 mil homens.

Nos últimos dois anos, a força internacional conseguiu expulsar os extremistas das principais cidades do país, como a capital, Mogadíscio, Baidoa e o porto de Kismayo, tirando-lhes as principais fontes de renda.

O secretário-geral também pediu ajuda não letal, em transportes, alimentação e combustíveis, para o Exército provisório da Somália, de 10 mil soldados. "Sem o apoio adicional recomendado na carta, nosso esforço conjunto está em risco", alerta Ban.

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