O primeiro-ministro do governo provisório da Líbia, Ali Zeidan, foi libertado hoje depois de passar horas sequestrados por milicianos que invadiram o hotel onde ele mora em Trípoli, a capital do país.
Depois do sequestro, o Exército líbio levou os outros ministros para um lugar seguro e o governo fez uma reunião de emergência.
A ação revela a fragilidade do governo provisório e a instabilidade política da Líbia, onde milícias tribais conseguiram derrubar o ditador Muamar Kadafi há dois anos e dois meses, com o apoio de uma intervenção militar da Organização do Tratado do Atlântico Norte (OTAN), aprovada pelo Conselho de Segurança das Nações Unidas.
Como a OTAN não invadiu a Líbia por terra, o poder ficou na mão de milícias que até hoje não entregaram as armas nem se submeteram à autoridade do governo provisório, sob a alegação de que precisam defender a revolução. Observadores internacionais já defendem o envio de uma força de paz da ONU para facilitar a transição para a democracia.
Os milicianos acusaram o primeiro-ministro de colaborar com os Estados Unidos na captura do líder terrorista Nazih Abdul-Hamed al-Rukai, mais conhecido como Abu Anas al-Libi, preso no fim de semana pelo comando Delta das Forças Armadas dos EUA, sob a acusação de organizar os atentados contra as embaixadas americanas no Quênia e na Tanzânia em 7 de agosto de 1998.
Este é o blog do jornalista Nelson Franco Jobim, Mestre em Relações Internacionais pela London School of Economics, ex-correspondente do Jornal do Brasil em Londres, ex-editor internacional do Jornal da Globo e da TV Brasil, ex-professor de jornalismo e de relações internacionais na UniverCidade, no Rio de Janeiro. Todos os comentários, críticas e sugestões são bem-vindos, mas não serão publicadas mensagens discriminatórias, racistas, sexistas ou com ofensas pessoais.
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