O Congresso da Líbia exigiu hoje a libertação imediata e repatriação de Nazih Abdul-Hamed al-Rukai, também conhecido como Abu Anas al-Libi, sequestrado no domingo pelo comando Delta das Forças Armadas dos Estados Unidos. A embaixadora americana em Trípoli, Deborah Jones, foi convocada para dar explicações.
Para reforçar a capacidade de resposta dos EUA a uma possível crise na Líbia, 200 fuzileiros navais americanos foram enviados à base de Sigonella, na Itália.
Rukai é acusado de ser o principal organizador dos atentados terroristas que mataram mais de 200 pessoas nas embaixadas americanas no Quênia e na Tanzânia, em agosto de 1998. Ele foi levado para o navio de guerra americano USS San Antonio, no Mar Mediterrâneo, onde está sendo interrogado, a caminho dos EUA. A chance de ser devolvido à Líbia é nula.
Sua prisão e sequestro, ordenados diretamente pelo presidente Barack Obama, enfraquecem o governo provisório líbio, que não consegue controlar as milícias que derrubaram o ditador Muamar Kadafi, em 2011.
Para o pesquisador da Universidade de Nova York Benjamin Barber, autor de dois livros sobre terrorismo, Rukai podia viver livremente em Trípoli, a capital líbia, porque depois da queda de Kadafi o país se tornou um "Estado falido e marginal" governado por milícias tribais, reporta o sítio da companhia jornalística americana McClatchy Newspapers.
Este é o blog do jornalista Nelson Franco Jobim, Mestre em Relações Internacionais pela London School of Economics, ex-correspondente do Jornal do Brasil em Londres, ex-editor internacional do Jornal da Globo e da TV Brasil, ex-professor de jornalismo e de relações internacionais na UniverCidade, no Rio de Janeiro. Todos os comentários, críticas e sugestões são bem-vindos, mas não serão publicadas mensagens discriminatórias, racistas, sexistas ou com ofensas pessoais.
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