1- Ele vai aplicar uma política de segregação social nas áreas valorizadas.
Como subprefeito da Barra e Jacarepaguá e como Secretário de Meio Ambiente promoveu a perseguição e a remoção de pomunidades pobres para abrir caminho para a especulação imobiliária.
Exemplo Prático: Barra da Tijuca, orla da lagoa da Barra. Removeu a comunidade de pescadores (ele mesmo dirigiu um trator) para fazer uma área de preservação ambiental. Resultado: retirou os pobres e no local surgiram o Shopping Barra Point e a sede da Unimed. Seu lema deveria ser: 'Preservar para as Elites'.
2- Ele vai mudar o discurso quando alcançar o poder. Vai trair o eleitor.
Mudou de partido seis vezes. A última, às vésperas da eleição. Traiu os amigos.
Em 14 anos de vida política, é a sexta troca de partido. Em 1993, ainda subprefeito da Barra da Tijuca, era filiado ao PV. Em 1996, foi para o PFL, onde se elegeu vereador e deputado federal. Em 1999, se filiou ao PTB. Em 2001, volta ao PFL. Em 2003, vai para o PSDB, por onde se candidata a governador e faz jogo sujo para o Cabralzinho ao atacar sua ex-companheira de partido Denise Frossard, com quem deveria ter afinidade ideológica. Em 2007, vai para o PMDB, vira secretário de Esportes, Lazer e Turismo, e entrega em tempo recorde as obras feitas para os Jogos Pan-Americanos, que mereciam uma CPI.
3- Ele é o candidato da especulação imobiliária.
Quem sabe por isso sua campanha já tem cinco vezes o custo de todas as demais campanhas?
Exemplo prático: no PMDB, queria vender o quartel da PM do Leblon. Queria vender o parquinho da Cedae do Posto 6. Queria vender a delegacia do Leblon. E outras mais. A Prefeitura bloqueou tudo. Agora o que ele quer é acabar com as APACs e escancarar as portas à especulação imobiliária em toda a Zona Sul. Mas ele tem antecedentes. Aplicou o 'cone de sombras sobre as praias' e gerou uma estranha troca em São Conrado.
4- Ele apóia e é apoiado pelas milícias.
A identificação com os políticos ligados às milícias é flagrante.
Exemplo prático: declarou no RJTV que as milícias levaram paz e segurança às comunidades de Jacarepaguá. É só checar no YouTube.
Por coincidência, todas as áreas de milicianos estão fechadas com ele.
Na Favela do Gouveia, em Paciência, o centro social do vereador Jerônimo Guimarães Filho (Jerominho) montou tendas para oferecer serviços gratuitos como escovação de dentes e aplicação de flúor, verificação de pressão arterial, manicure e até emissão de carteira de identidade com funcionários cedidos pelo Detran.
Segundo moradores, junto com as tendas para a prestação dos serviços, chegaram à favela cerca de cinqüenta homens em um caminhão. Eles colocavam placas de CARMINHA Jerominho e do candidato a prefeito EDUARDO PAES nas casas.
5- Ele discrimina e desdenha as minorias e os movimentos sociais.
Está sendo processado pelos índios por ofensa moral. Não compareceu a nenhuma convocação para debate com os movimentos sociais.
Exemplo prático: Quando secretário de Esportes do Rio, Eduardo Paes, desdenhou das aspirações indígenas, quanto ao prédio do antigo Museu do Índio, ocupado pelos tamoios, que querem ali estabelecer um Centro de Referência da Cultura Indígena. Prevendo ali um estacionamento, disse: "Gostaríamos muito de ter a área para que o terreno fosse agregado à área do Maracanã. O Instituto Tamoio está na Justiça contra uma declaração ofensiva do secretário desqualificando o movimento. Veja no site do tamoio.
6- É oportunista. Posiciona-se sempre ao lado dos que, momentaneamente, estão em vantagem. Não respeita princípios éticos, acordos, nem linha de conduta. Não tem ideologia, nem coerência política.
Exemplo: perseguiu incansavelmente o presidente Lula, o chamou de ladrão e chefe de quadrilha na CPI dos Correios em rede nacional de TV e nos jornais. Agora, tenta pegar carona na popularidade do presidente.
7- Ele usa a Máquina Pública para benefício eleitoreiro.
Ele é acusado de Improbidade Administrativa, compra de votos e obras públicas em praça fantasma. Além de gravar programa eleitoral dentro de uma UPA, o que é proibido por lei.
Exemplo: a juíza da 8ª Vara de Fazenda Pública, Alessandra Cristina Tufvesson Peixoto, mandou notificar Eduardo Paes. O MP descobriu que a licitação da Fundação Parques e Jardins, vinculada à Secretaria de Meio Ambiente, dizia que seriam realizadas "obras de melhorias e tratamento paisagístico na praça situada na Avenida Marechal Rondon com Rua Nazário", na Zona Norte.
Ao visitar o local, a perícia do MP constatou que não existe qualquer praça. As melhorias foram feitas, na verdade, dentro do Conjunto Bairro Novo, que tem uma das entradas pela Rua Nazário. A área é propriedade privada e tem guaritas para o controle de entrada e saída de pessoas e veículos.
Para o MP, o trabalho visou a benefício eleitoral. Depoimento de uma testemunha e panfletos apreendidos pelos promotores indicam que Eduardo Paes e o servidor público Nelson Curvelano estiveram no condomínio e prometeram aos moradores que fariam melhorias na praça. Naquele ano, Paes foi candidato a deputado federal. Curvelano concorreu para deputado estadual, mas não foi eleito. O panfleto, com fotos e o número de campanha de Paes e Curvelano, dizia que "as obras da quadra e da área de lazer estão sendo realizadas (...). Vamos juntos, agora no dia 6, eleger quem realmente se comprometeu e faz". Segundo os promotores, "eles (Paes e Curvelano) induziram os agentes públicos competentes para a prática de ato de improbidade e dele se beneficiaram indiretamente, com nítido propósito eleitoreiro".
É esse o Prefeito de que o Rio precisa?
Este é o blog do jornalista Nelson Franco Jobim, Mestre em Relações Internacionais pela London School of Economics, ex-correspondente do Jornal do Brasil em Londres, ex-editor internacional do Jornal da Globo e da TV Brasil, ex-professor de jornalismo e de relações internacionais na UniverCidade, no Rio de Janeiro. Todos os comentários, críticas e sugestões são bem-vindos, mas não serão publicadas mensagens discriminatórias, racistas, sexistas ou com ofensas pessoais.
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2 comentários:
Desculpe, sou totalmente pró-gabeira mas tenho que discordar do seu texto logo no primeiro ponto.
Como subprefeito da Barra da Tijuca, me lembro dessa história. O Paes fez o ocorreto ou você acha que liberar para todos as comunidades que querem se instalar deva ser a regra?
Ele fez o que a subprefeitura ddele daquele local qureia, ele era representante do bairro e todos queriam a ordem urbana e além de dirigir o trator ele levou um tapa na cara nesse caminho de um morador.
EU nao votarei em Paes mas acredito que nem o Gabeira dexaria a comunidade se instalar na orla de Ipanema.
EU acho o contrário de você nesse ponto. O problema do Paes não é governar pras elites e sim ser demagogo, ele apesar de achar isso e ter feito isto na Barra provavelemente para ser eleito mudaria de posição para liberar pequenas comunidades e favelas.
Não se esqueça que o próprio Gabeira fala em desfavelização que é isto mesmo que ocorreu.
Eu quero Gabeira mas vamos tentar manter nossa coerência, porque o discurso incoerente é o primeiro passo para ser quebrado.
Abraços,
Thiago Manhães.
Além do exibicionismo de EP, e sou contra a favelização tanto quanto você, a área foi liberada para negócios, não para preservação ambiental.
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