Durante encontro em Versalhes com o presidente da França e da União Européia, Nicolas Sarkozy, o primeiro-ministro britânico, Gordon Brown, fez um apelo à China e aos países exportadores de petróleo do Golfo Pérsico para que reforcem o caixa do Fundo Monetário Internacional.
O FMI tem US$ 250 bilhões para enfrentar a crise. Já emprestou US$ 2,1 bilhões à Islândia e US$ 16,5 bilhões à Ucrânia. Há dois dias, anunciou um acordo com a Hungria cujos detalhes ainda não foram revelados.
Em visita a Moscou, o primeiro-ministro chinês, Wen Jiabao, não comentou diretamente o assunto mas impôs as condições exigidas pela China para assumir um papel de liderança internacional no combate à crise financeira global.
"Primeiro, é preciso aperfeiçoar um sistema de instituições financeiras internacionais que trabalhem ativamente para garantir a estabilidade financeira global e regional", declarou Wen. "É necessário que os países emergentes e em desenvolvimento para que tenham mais votos e participação nas regras do jogo".
Em segundo lugar, prosseguiu o dirigente chinês, é necessária uma regulamentação e um controle que permita evitar altos riscos e dar alertas de emergência. Ele considerou essencial fortalecer o controle em países com moedas de reserva como o dólar.
Wen quer ainda uma diversificação das moedas de circulação internacional, ou seja, mais transações sem dólar.
O primeiro-ministro russo, Vladimir Putin, defendeu um comércio internacional com um sistema de pagamento baseado nas moedas nacionais para evitar os problemas provocados pela crise iniciada nos Estados Unidos.
Este é o blog do jornalista Nelson Franco Jobim, Mestre em Relações Internacionais pela London School of Economics, ex-correspondente do Jornal do Brasil em Londres, ex-editor internacional do Jornal da Globo e da TV Brasil, ex-professor de jornalismo e de relações internacionais na UniverCidade, no Rio de Janeiro. Todos os comentários, críticas e sugestões são bem-vindos, mas não serão publicadas mensagens discriminatórias, racistas, sexistas ou com ofensas pessoais.
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