Na única referência ao Brasil no último debate entre os candidatos à Presidência dos Estados Unidos, o senador republicano John McCain defendeu o fim do subsídio aos produtores de álcool de milho e da sobretaxa ao etanol de cana-de-açúcar importado do Brasil.
Seu rival, o senador democrata Barack Obama, é a favor do subsídio, que beneficia os produtores de milho do Meio-Oeste dos EUA.
Só falta agora o governo brasileiro torcer por uma vitória republicana, como fez com George W. Bush, com conseqüências catastróficas para o mundo inteiro.
De resto, sobre a América Latina, o debate apresentou um pequeno duelo em torno dos acordos de livre comércio negociados pelo governo Bush. McCain criticou Obama por ser contra o acordo firmado com a Colômbia, "nosso maior aliado na região". Pelos seus cálculos, poderia render US$ 1 bilhão a mais por ano em exportações para a Colômbia.
Obama alegou que há uma política de extermínio sistemático de sindicalista, por isso o acordo com o governo Álvaro Uribe, que não toma providências porque é aliado dos grupos paramilitares de direita, seria negativo para os direitos humanos. Ele defendeu o acordo firmado com o Peru, que teria cláusulas sociais e ambientais, como quer o Partido Democrata, que deve ampliar suas maiorias na Câmara e no Senado.
Este é o blog do jornalista Nelson Franco Jobim, Mestre em Relações Internacionais pela London School of Economics, ex-correspondente do Jornal do Brasil em Londres, ex-editor internacional do Jornal da Globo e da TV Brasil, ex-professor de jornalismo e de relações internacionais na UniverCidade, no Rio de Janeiro. Todos os comentários, críticas e sugestões são bem-vindos, mas não serão publicadas mensagens discriminatórias, racistas, sexistas ou com ofensas pessoais.
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