As bolsas de valores caíram hoje no mundo inteiro, com a exceção de Nova Iorque, que subiu 400 pontos na última hora de negócios depois de oscilar o dia inteiro.
Com o mercado de olho na economia real, a Bolsa de Valores de Tóquio teve hoje o segundo pior dia de sua história. Foi a pior queda desde outubro de 1987. A Toyota, que disputa com a General Motors a liderança mundial na produção de automóveis, admitiu que o mercado piorou muito além do esperado.
Diante do colapso do mercado, o novo primeiro-ministro do Japão, Taro Aso, anunciou um plano de US$ 18 bilhões para retomar o crescimento da segunda maior economia do mundo.
Outras bolsas asiáticas também sofreram. Em Seul, na Coréia do Sul, a bolsa caiu 9,4% e a moeda, o uom, 9,7%.
Na China, Xangai e Hong Kong também fecharam com perdas.
Quando o governo dos EUA anunciou a queda na produção industrial, os mercados da Ásia estavam fechados. A notícia aprofundou a queda na Europa, que também enfrenta problemas na economia real. Na Espanha, os operários da Nissan protestaram contra 1.680 demissões na fábrica de Barcelona, que tinha 4,5 mil funcionários.
No final dos negócios do dia, Londres registrava queda de 5,6%, enquanto Frankfurt tinha baixa de 4,9% e Paris de 5,9%.
A Bolsa de Nova Iorque viveu um dos dias de maiores volatilidade de sua história. O Índice Dow Jones oscilou mais de 800 pontos, fechando com alta de 401 pontos (4,7%).
Na última hora e meia, houve uma alta espetacular movida pela especulação provocada pela queda dos preços do barril de petróleo para baixo de US$ 70 pela primeira vez em um ano e dois meses. A bolsa Nasdaq, de ações de empresas de alta tecnologia, subiu 5,5%.
O raciocínio é que, gastando menos com combustível, o consumidor americano terá mais dinheiro para comprar outras coisas.
Como a inflação de setembro foi zero, o mercado também espera um corte na taxa básica de juros, que já está em 1,5%. O problema é que juros a este nível foram a principal causa da bolha no mercado imobiliário. Uma nova bolha está em gestação.
Este é o blog do jornalista Nelson Franco Jobim, Mestre em Relações Internacionais pela London School of Economics, ex-correspondente do Jornal do Brasil em Londres, ex-editor internacional do Jornal da Globo e da TV Brasil, ex-professor de jornalismo e de relações internacionais na UniverCidade, no Rio de Janeiro. Todos os comentários, críticas e sugestões são bem-vindos, mas não serão publicadas mensagens discriminatórias, racistas, sexistas ou com ofensas pessoais.
Assinar:
Postar comentários (Atom)
Nenhum comentário:
Postar um comentário