O presidente da França e da União Européia, Nicolas Sarkozy, apresentou hoje seus planos para a reforma do sistema financeiro internacional e convidou a China e a Índia para participar da conferência internacional, a ser realizada em Nova Iorque em novembro.
Ele defendeu a criação de um governo econômico da zona do euro e a formação de fundos soberanos para defender as empresas européias, evitando que sejam compradas a preços baratos em meio a uma crise financeira global.
Em discurso no Parlamento Europeu, em Estrasburgo, na França, Sarkozy declarou que "nenhum banco que receba recursos públicos deve ter dinheiro em paraísos fiscais. Nenhuma instituição financeira deve funcionar sem regulamentação, e o pagamento de salários e bônus deve recompensar a responsabilidade e não a ousadia de correr riscos elevados".
O líder francês disse ainda que o mundo não pode ficar financiando os déficits comercial e orçamentário dos Estados Unidos sem influenciar as políticas americanas.
Sarkozy também retomou uma antiga proposta francesa da época da introdução do euro: a necessidade de um governo econômico comum para os 15 países que adotam o euro como moeda. Nesta crise, os países não puderam dar uma resposta comum que sustentasse a moeda, que hoje caiu à sua menor cotação em um ano e meio. Desde março de 2007, não era vendido a US$ 1,32.
Além dos países do Grupo dos Oito (Estados Unidos, Japão, Alemanha, Reino Unido, França, Itália, Canadá e Rússia), serão convidados para a conferência internacional em Nova Iorque cinco grandes países em desenvolvimento: África do Sul, Brasil, China, Índia e México.
Este é o blog do jornalista Nelson Franco Jobim, Mestre em Relações Internacionais pela London School of Economics, ex-correspondente do Jornal do Brasil em Londres, ex-editor internacional do Jornal da Globo e da TV Brasil, ex-professor de jornalismo e de relações internacionais na UniverCidade, no Rio de Janeiro. Todos os comentários, críticas e sugestões são bem-vindos, mas não serão publicadas mensagens discriminatórias, racistas, sexistas ou com ofensas pessoais.
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