A 12 dias da eleição presidencial nos Estados Unidos, os americanos já começaram a votar, mas os votos só serão escrutinados em 4 de novembro.
Na pesquisa diária da agência de notícias Reuters, o senador democrata Barack Obama liderá com 52% das preferências contra 40% para o senador republicano John McCain.
Nesta reta final, os candidatos a vice-presidente criaram problemas nas duas campanhas. O vice na chapa democrata, senador Joe Biden, disse num jantar para doadores de dinheiro para o Partido Democrata que logo haveria uma crise internacional para testar a liderança de Obama.
Imediatamente, McCain declarou que ele não precisa ser testado. Durante a Crise dos Mísseis em Cuba, em 1962, era um piloto embarcado em porta-aviões, de prontidão para atacar Cuba ou um navio soviético que tentasse furar o bloqueio imposto à ilha para evitar a entrada de mísseis nucleares da União Soviética.
Obama não gostou da gafe do vice. Comentou apenas que Joe Biden fala demais.
A governadora Sarah Palin, vice de McCain, gastou US$ 150 mil em banhos de loja em Nova Iorque comprando modelitos para a campanha por conta do Partido Republicano, que agora promete doá-los a instituições de caridade depois da campanha. Isso significa que nem eles acreditam que ela seja eleita. Ou a vice-presidente dos EUA andaria por aí mal vestida?
Talvez leiloando eles recuperem o dinheiro, dada a popularidade do Furacão Sarah, nova estrela da direita conservadora americana. John McCain entrou para perder numa eleição em que o peso de dois governos de George W. Bush tornaram inevitável a derrota republicana. Sarah Palin é a nova cara do partido.
McCain fez campanha hoje na Flórida, insistindo que Obama é uma ameaça porque "vai aumentar os seus impostos para distribuir a riqueza".
Obama fez comício em Indianápolis, em Indiana, um estado conservador onde os republicanos costumam vencer. Mas ele está fazendo pressão nos estados onde a vantagem de McCain é pequena para afastar o adversário dos estados realmente indefinidos, que são cada vez menos: Flórida, Ohio, Pensilvânia, Carolina do Norte...
Este é o blog do jornalista Nelson Franco Jobim, Mestre em Relações Internacionais pela London School of Economics, ex-correspondente do Jornal do Brasil em Londres, ex-editor internacional do Jornal da Globo e da TV Brasil, ex-professor de jornalismo e de relações internacionais na UniverCidade, no Rio de Janeiro. Todos os comentários, críticas e sugestões são bem-vindos, mas não serão publicadas mensagens discriminatórias, racistas, sexistas ou com ofensas pessoais.
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