sábado, 18 de outubro de 2008

McCain agora acusa Obama de socialismo

Na reta final da corrida à Casa Branca, o senador republicano John McCain comparou hoje o senador democrata Barack Obama aos socialistas europeus, em mais uma tentativa de pintar o adversário como distante e desligado do verdadeiro povo americano.

Na última pesquisa do instituto Zogby para a agência de notícias Reuters, Obama tem 48% das preferências e 44% para o senador republicano John McCain.

É uma pesquisa bem diferente das outras, que vem dando vantagem maior a Obama. Pode ser um sinal de que a eleição ainda está indefinida.

Os candidados concentram as campanhas nos estados-chaves, que podem virar o jogo. Nos Estados Unidos, o que importa é a vitória num estado inteiro, já que o vencedor ganha todos os delegados daquele estado no Colégio Eleitoral onde 538 grandes eleitores vão escolher o presidente.

Por mais de um século, nenhum presidente dos EUA tinha sido eleito sem ganhar também no voto popular. George Bush ganhou em 2000 graças a uma vitória por cerca de 500 votos na Flórida, que era governada por seu irmão.

Agora, Obama lança uma ofensiva de quatro dias em estados onde Bush venceu em 2004, Virgína, Missouri, Carolina do Norte e Flórida, mas agora o democrata está perto da vitória. Ele foi ontem à Virgínia e hoje fez em Saint-Louis, no Missouri, o maior comício da campanha, só superado pelo discurso de Berlim, que reuniu 200 mil pessoas.

Em Concord, na Carolina do Norte, bateu no argumento que está no centro de sua campanha no momento: tenta amedrontar o eleitorado com a expectativa de que Obama será obrigado a aumentar impostos para financiar os programas que propõe.

Isso tiraria mais dinheiro do bolso do cidadão americano num momento de crise em que o governo acaba de lançar um plano de salvação do sistema financeiro de US$ 700 bilhões. Essa é a atual mensagem de McCain: Obama será um mau gerente da crise.

O senador democrata por Illinois recebeu o apoio de dois jornais importantes: o Los Angeles Times e o Chicago Tribune. É a primeira vez que o Tribune, um jornal conservador, apóia um democrata para a Casa Branca. Obama começou sua carreira política em Chicago.

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