quinta-feira, 23 de outubro de 2008

UE pede que China lidere combate à crise

Na véspera de uma conferência de cúpula dos 27 países da União Européia com 16 da Ásia, incluindo a China, a Índia e o Japão, que começa hoje em Beijim, a UE pediu à China que assuma um papel de liderança internacional no combate à crise financeira global. É a 7ª reunião de cúpula do Encontro Ásia-Europa (ASEM).

Os líderes europeus já estão na capital chinesa, onde foram recebidos pelo presidente Hu Jintao e o primeiro-ministro Wen Jiabao.

Coube ao presidente da Comissão Européia, o ex-primeiro-ministro português José Manuel Durão Barroso, fazer o apelos aos dirigentes chineses para que tomem uma posição à altura de sua crescente importância econômica.

A China teve nos últimos 30 anos o mais extraordinário crescimento industrial da História. Acumulou reservas de US$ 1,4 trilhão, as maiores do mundo. Deve continuar crescendo, apesar da crise. Tornou-se o último sinal de alerta da crise.

Sem o mesmo grau de consumo americano, todo o resto do mundo vai sofrer. No ano passado, os 300 milhões de americanos gastaram US$ 9,7 trilhões, enquanto 1,3 trilhão de chineses consumiram US$ 1,2 trilhão. O consumo americano vai fazer falta para quem exporta para os EUA.

Na sua edição desta semana, a revista inglesa The Economist observa que a crise será mais ou menos longa e profunda de acordo com a reação das grandes economias emergentes.

Os BRICs (Brasil, Rússia, Índia e China), expressão criada pelo banco de investimentos Goldman Sachs, os tijolos que estão construindo a economia do século 21, são a última esperança de manter algum crescimento econômico, evitando uma recessão mundial.

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