Na véspera de uma conferência de cúpula dos 27 países da União Européia com 16 da Ásia, incluindo a China, a Índia e o Japão, que começa hoje em Beijim, a UE pediu à China que assuma um papel de liderança internacional no combate à crise financeira global. É a 7ª reunião de cúpula do Encontro Ásia-Europa (ASEM).
Os líderes europeus já estão na capital chinesa, onde foram recebidos pelo presidente Hu Jintao e o primeiro-ministro Wen Jiabao.
Coube ao presidente da Comissão Européia, o ex-primeiro-ministro português José Manuel Durão Barroso, fazer o apelos aos dirigentes chineses para que tomem uma posição à altura de sua crescente importância econômica.
A China teve nos últimos 30 anos o mais extraordinário crescimento industrial da História. Acumulou reservas de US$ 1,4 trilhão, as maiores do mundo. Deve continuar crescendo, apesar da crise. Tornou-se o último sinal de alerta da crise.
Sem o mesmo grau de consumo americano, todo o resto do mundo vai sofrer. No ano passado, os 300 milhões de americanos gastaram US$ 9,7 trilhões, enquanto 1,3 trilhão de chineses consumiram US$ 1,2 trilhão. O consumo americano vai fazer falta para quem exporta para os EUA.
Na sua edição desta semana, a revista inglesa The Economist observa que a crise será mais ou menos longa e profunda de acordo com a reação das grandes economias emergentes.
Os BRICs (Brasil, Rússia, Índia e China), expressão criada pelo banco de investimentos Goldman Sachs, os tijolos que estão construindo a economia do século 21, são a última esperança de manter algum crescimento econômico, evitando uma recessão mundial.
Este é o blog do jornalista Nelson Franco Jobim, Mestre em Relações Internacionais pela London School of Economics, ex-correspondente do Jornal do Brasil em Londres, ex-editor internacional do Jornal da Globo e da TV Brasil, ex-professor de jornalismo e de relações internacionais na UniverCidade, no Rio de Janeiro. Todos os comentários, críticas e sugestões são bem-vindos, mas não serão publicadas mensagens discriminatórias, racistas, sexistas ou com ofensas pessoais.
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