A expectativa de aumento do desemprego nos Estados Unidos, mais um forte indicador de uma recessão, abalou as bolsas hoje no mundo inteiro.
O número de demissões em massa em setembro foi o maior desde setembro de 2001, quando o país estava traumatizado pelos atentados terroristas contra Nova Iorque e o Pentágono, revelou hoje o jornal The Washington Post. São considerados demissões em massa os casos em que mais de 50 trabalhadores de uma mesma empresa perdem o emprego:
• A indústria farmacêutica Merck vai demitir 7,2 mil funcionários, 2.880 nos EUA.
• O banco National City vai demitir 4 mil funcionários.
• A Pepsi vai mandar embora 3,3 mil.
• No banco Goldman Sachs, serão cortadas 3.260 vagas.
• A Xerox vai eliminar 3 mil postos de trabalho.
• A Chrysler vai fechar mais uma fábrica de automóveis e dispensar 1.825 trabalhadores.
• A General Motors vai desempregar 1,6 mil.
• O Yahoo vai despedir 1,5 mil empregados.
Na Ásia, a Bolsa de Tóquio chegou a cair 7% porque o saldo comercial do Japão caiu 94% em relação ao ano passado. As exportações para os EUA baixaram pelo décimo-terceiro mês consecutivo e a moeda japonesa subiu hoje para 97 ienes por dólar, prejudicando ainda mais as empresas exportadoras.
Em Seul, na Coréia do Sul, outro país que depende muito das importações americanas, a bolsa caiu 7,5%.
Foi um dia de fortes oscilações. Na Europa, Londres teve alta de 1,2% e Frankfurt de 1,1%, mas Paris caiu 0,4%.
Nos EUA, a expectativa de aumento do desemprego não impediu o Índice Dow Jones, que mede o desempenho das 30 empresas mais importantes da Bolsa de Nova Iorque, de subir 2%, enquanto a bolsa Nasdaq, das empresas de alta tecnologia, perdeu 0,73%.
Este é o blog do jornalista Nelson Franco Jobim, Mestre em Relações Internacionais pela London School of Economics, ex-correspondente do Jornal do Brasil em Londres, ex-editor internacional do Jornal da Globo e da TV Brasil, ex-professor de jornalismo e de relações internacionais na UniverCidade, no Rio de Janeiro. Todos os comentários, críticas e sugestões são bem-vindos, mas não serão publicadas mensagens discriminatórias, racistas, sexistas ou com ofensas pessoais.
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