Depois da Islândia, que negociou um empréstimo de emergência de US$ 6 bilhões junto ao Fundo Monetário Internacional para evitar o colapso do sistema bancária, que teve de ser totalmente estatizado pelo governo, a Hungria, a Ucrânia, a Bielorrússia e o Paquistão pediram ajuda ao FMI. O Brasil e o México estão usando suas reservas cambiais para defender suas moedas.
Ontem a revista inglesa The Economist advertia que a Índia tem um déficit público elevado, de cerca de 10% do produto interno bruto, de cerca de US$ 1 trilhão, e as empresas brasileiras têm dívidas em dólares. Mas os dois países acumularam reservas cambiais que os deixaram mais bem-preparados do que nunca para uma crise econômica internacional.
Hoje, diante do colapso das bolsas de Moscou e do rublo, alguns analistas previram que a Rússia poderia entrar em recessão. Seria o primeiro dos BRIC (Brasil, Rússia, Índia e China) a entrar em recessão.
A expectativa para os outros três grandes emergentes é que sofram com a crise, reduzam suas taxas de crescimento, a China e a Índia para cerca de 6% e o Brasil de 2% a 3%.
Com o pânico e a fuga de capitais, as moedas do Brasil, México, Turquia, Hungria, Polônia e Coréia do Sul se desvalorizaram.
Leia mais no jornal espanhol El País.
Este é o blog do jornalista Nelson Franco Jobim, Mestre em Relações Internacionais pela London School of Economics, ex-correspondente do Jornal do Brasil em Londres, ex-editor internacional do Jornal da Globo e da TV Brasil, ex-professor de jornalismo e de relações internacionais na UniverCidade, no Rio de Janeiro. Todos os comentários, críticas e sugestões são bem-vindos, mas não serão publicadas mensagens discriminatórias, racistas, sexistas ou com ofensas pessoais.
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