Uma pequena ilha perdida no topo da Cordilheira Interoceânica ameaça afundar na crise financeira global que engolfa o planeta.
A Islândia foi obrigada a nacionalizar o maior banco do país, depois de ter estatizado o segundo e o terceiro. Assumiu assim amplo controle do sistema financeiro para evitar um colapso da economia desta ilha que não faz parte da União Européia e assim está perdida ao jogo de forças maiores que sacodem grandes economias atlânticas na Europa e nos Estados Unidos.
O colapso do banco Laupthing foi causado pela abertura de um processo pelo governo britânico para recuperar US$ 35 bilhões que cidadãos do Reino Unido teriam depositado via internet em agências de bancos islandeses no país.
A pedido do primeiro-ministro Gordon Brown, o governo congelou bens de empresas finlandesas no Reino Unido para devolver o dinheiro de cidadãos, governos municipais, departamentos de polícia e até da Autoridade de Transportes da Grande Londres, que tinha US$ 69 milhões.
Só que a diminuta Islândia, uma ilha de 300 mil habitantes, não tem como pagar a dívida de um sistema bancário inflacionado, com atividades muito além das suas fronteiras e possibilidades.
Nos últimos anos, o país teve grande prosperidade. Agora, está falido. Já pediu ajuda à Rússia e à Suécia. Mas o credor Gordon Brown bate na porta nesta sexta-feira.
Este é o blog do jornalista Nelson Franco Jobim, Mestre em Relações Internacionais pela London School of Economics, ex-correspondente do Jornal do Brasil em Londres, ex-editor internacional do Jornal da Globo e da TV Brasil, ex-professor de jornalismo e de relações internacionais na UniverCidade, no Rio de Janeiro. Todos os comentários, críticas e sugestões são bem-vindos, mas não serão publicadas mensagens discriminatórias, racistas, sexistas ou com ofensas pessoais.
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