Em uma ação coordenada sem precedentes, sete bancos centrais cortaram hoje suas taxas básicas de juros numa tentativa de acalmar o mercado financeiro internacional e evitar uma recessão mundial. Nos Estados Unidos, na Europa, na Grã-Bretanha, Suécia e Suíça, o corte foi de 0,5 pontos percentual; na China, de 0,27 ponto percentual.
A iniciativa partiu da Reserva Federal (Fed), o banco central americano, que baixou sua taxa básica de 2% para 1,5%, um gesto mais simbólico, já que vem cortando as taxas de juros há meses sem conseguir vencer a pior crise econômica do país desde a Grande Depressão (1929-39).
Já o Banco Central da Europa cortou a taxa básica de juros dos 15 países que adotam o euro como moeda única de 4,25% para 3,75%. É um dos poucos instrumentos que a União Européia tem para atacar a crise financeira global, que atingiu seus bancos.
Como não há uma estrutura política para governar o euro nem um orçamento comunitário suficientemente grande para enfrentar crises, as decisões políticas têm de partir do Conselho de Ministros. No caso atual, a Alemanha, maior economia da Europa, resiste a um plano como o americano porque, como sócio mais rico, teria de pagar a maior parte da conta.
Em Londres, o presidente do Banco da Inglaterra, Mervyn King, anunciou o corte na taxa básica de juros de 5% para 4,5%. O país tem os juros mais altos entre os países do Grupo dos Sete (maiores potências industriais, tirando a China).
Este é o blog do jornalista Nelson Franco Jobim, Mestre em Relações Internacionais pela London School of Economics, ex-correspondente do Jornal do Brasil em Londres, ex-editor internacional do Jornal da Globo e da TV Brasil, ex-professor de jornalismo e de relações internacionais na UniverCidade, no Rio de Janeiro. Todos os comentários, críticas e sugestões são bem-vindos, mas não serão publicadas mensagens discriminatórias, racistas, sexistas ou com ofensas pessoais.
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