Foi um pregão errático. Depois das fortes baixas na Ásia e na Europa, a Bolsa de Valores de Nova Iorque caiu 700 pontos na abertura para depois subir até 300 pontos positivos. No final do dia, o Índice Dow Jones perdeu 128 pontos ou 1,4%, fechando a pior semana em 112 anos, desde que o índice foi criado, com queda de 18%.
A explicação é que, diante do colapso do mercado de crédito, paralisado para falta de confiança entre os bancos, os investidores são obrigados a vender ações para cobrir suas posições e dívidas em outros negócios.
Como ninguém quer comprar porque há uma sensação de que ainda não chegou a crise ainda não chegou ao fundo do poço, quem quer vender é obrigado a aceitar qualquer preço. Isso explicaria a queda das ações, além do medo generalizado de uma recessão na América do Norte e na Europa, que parece cada vez mais inevitável com a crise de crédito e a paralisia econômica que ela provoca.
Esses fatores se alimentam e a crise vai piorando. No momento, os governos dos países do Grupo dos Sete (EUA, Japão, Alemanha, Reino Unido, França, Itália e Canadá) procuram uma solução a ser anunciada neste fim de semana, na reunião anual do Fundo Monetário Internacional e do Banco Mundial, em Washington.
Os governos estão assumindo o controle do sistema financeiro para fazerem empréstimos com total garantia e assim voltar a movimentar o mercado de crédito, essencial para a produção, circulação e venda de produtos e serviços. Terão participação acionária e tudo mais.
É a volta do keynesianismo do pós-guerra.
Este é o blog do jornalista Nelson Franco Jobim, Mestre em Relações Internacionais pela London School of Economics, ex-correspondente do Jornal do Brasil em Londres, ex-editor internacional do Jornal da Globo e da TV Brasil, ex-professor de jornalismo e de relações internacionais na UniverCidade, no Rio de Janeiro. Todos os comentários, críticas e sugestões são bem-vindos, mas não serão publicadas mensagens discriminatórias, racistas, sexistas ou com ofensas pessoais.
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