O governo da Venezuela assumiu nesta terça-feira, 1º de maio, os controles acionário e operacional dos campos de petróleo do delta do rio Orinoco, onde pode estar maior reserva mundial de óleo cru.
A medida faz parte do amplo programa de nacionalizações iniciado pelo presidente Hugo Chávez depois de sua reeleição em dezembro para criar o que chamada de "socialismo do século 21". Além do petróleo, todo o setor de energia e também as telecomunicações serão estatizados. Há ainda invasão de terras, controle de frigoríficos e regulamentação do atendimento médico particular.
Na semana passada, 10 das 13 empresas que exploravam petróleo na bacia do Orinoco, uma área duas vezes maior do que o Estado de Israel, assinaram memorandos de entendimento transferindo 60% do controle acionário dos negócios para a companhia estatal Petroleos de Venezuela (PdVSA).
Em 2008, a Venezuela pretende provar que as reservas do Orinoco somam 270 bilhões de barris. Isto a colocaria à frente da Arábia Saudita como líder mundial em reservas petrolíferadas comprovadas.
Chávez também anunciou a saída da Venezuela de duas organizações internacionais que acusa de serem instrumentos da política externa dos Estados Unidos: o Banco Mundial e o Fundo Monetário Internacional. Mais uma vez, ameaçou deixar a Organização dos Estados Americanos (OEA).
Este é o blog do jornalista Nelson Franco Jobim, Mestre em Relações Internacionais pela London School of Economics, ex-correspondente do Jornal do Brasil em Londres, ex-editor internacional do Jornal da Globo e da TV Brasil, ex-professor de jornalismo e de relações internacionais na UniverCidade, no Rio de Janeiro. Todos os comentários, críticas e sugestões são bem-vindos, mas não serão publicadas mensagens discriminatórias, racistas, sexistas ou com ofensas pessoais.
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Um comentário:
A Venezuela está demonstrando que devemos dar mais atenção a ela.
Chávez está prometendo e cumprindo.
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