Ao iniciar uma nova rodada de negociações com a China para tentar reduzir o déficit no comércio bilateral entre os dois países, o secretário do Tesouro, Henry Paulson, disse que os Estados Unidos estão ficando "impacientes" com o ritmo da conversa: "Há um crescente ceticismo nos dois países sobre as intenções do outro".
Nos EUA, "isto se manifesta com um crescimento sentimento antichinês", acrescentou o secretário. "A China se tornou um símbolo dos efeitos perversos reais e imaginários da concorrência global".
O governo americano pressiona a China a valorizar sua moeda, o iuã, e abrir mais seu mercado, especialmente no setor de serviços, para reduzir o déficit dos EUA no comércio bilateral. No ano passado, o saldo chinês foi de US$ 232 bilhões.
"Devemos resistir a tentativas de politizar questões comerciais", declarou a vice-primeira-ministra Wu Yi.
Não se deve esperar grandes novidades. Os EUA ameaçam abrir vários casos contra a China na Organização Mundial do Comércio (OMC); os chineses não estão dispostos a ceder. Afinal, seu modelo de capitalismo gerenciado por um Estado forte é um sucesso.
Este é o blog do jornalista Nelson Franco Jobim, Mestre em Relações Internacionais pela London School of Economics, ex-correspondente do Jornal do Brasil em Londres, ex-editor internacional do Jornal da Globo e da TV Brasil, ex-professor de jornalismo e de relações internacionais na UniverCidade, no Rio de Janeiro. Todos os comentários, críticas e sugestões são bem-vindos, mas não serão publicadas mensagens discriminatórias, racistas, sexistas ou com ofensas pessoais.
Assinar:
Postar comentários (Atom)
Nenhum comentário:
Postar um comentário