O primeiro-ministro trabalhista que governou o Reino Unido, Tony Blair, anuncia nesta quinta-feira quando deixa a liderança do partido e a chefia do governo, que devem ser transferidas para o ministro das Finanças, Gordon Brown, dentro de sete semanas, prazo para a eleição interna do Partido Trabalhista para consagrar seu novo líder.
Na manhã desta quinta-feira, Blair reúne-se pela última vez com seus ministros. Depois, segue para seu distrito eleitoral, Sedgefield, no Norte da Inglaterra, onde fará o pronunciamento.
Ao contrário de outros governos trabalhistas, sua administração foi marcada por estabilidade econômica e crescimento. No plano interno, seu governo é considerado bom. Se não conseguiu recuperar integralmente a qualidade dos serviços públicos, atacou diretamente o sucateamento de setores como educação, saúde e transporte.
Mas o apoio à invasão do Iraque pelos Estados Unidos custou-lhe a perda da popularidade. Desde sua terceira e última vitória eleitoral, em junho de 2005, apesar de ser algo inédito para um líder trabalhista, a maioria do partido o considera um peso e tenta se livrar de Blair.
No último momento, Blair ainda conseguiu dar posse a um governo reunindo ex-inimigos na Irlanda do Norte, consolidando um processo de paz que é uma de suas grandes conquistas. Mas o Iraque manchou sua biografia e o perseguirá para sempre.
Este é o blog do jornalista Nelson Franco Jobim, Mestre em Relações Internacionais pela London School of Economics, ex-correspondente do Jornal do Brasil em Londres, ex-editor internacional do Jornal da Globo e da TV Brasil, ex-professor de jornalismo e de relações internacionais na UniverCidade, no Rio de Janeiro. Todos os comentários, críticas e sugestões são bem-vindos, mas não serão publicadas mensagens discriminatórias, racistas, sexistas ou com ofensas pessoais.
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