A era dos sindicatos globalizados para responder à internacionalização das grandes empresas está começando. Uma delegação de sete sindicatos americanos da aliança Mudar para Vencer, que representa 6 milhões de trabalhadores, concluiu ontem uma visita de cinco dias à China dizendo ter encontrado muitos pontos em comuns com a Federação dos Sindicato da China, a única autorizada pelo regime comunista chinês, com 150 milhões de trabalhadores afiliados.
Os sindicalistas americanos concluíram que a única maneira de barganhar com empresas transnacionais que operam internacionalmente é organizar os trabalhadores na mesma escala: "Acredito que haverá sindicatos globais dentro de cinco a dez anos", previu o presidente do Sindicato Internacional dos Empregados em Serviços, Andy Stern, falando a The Wall St. Journal.
Com as diferenças salariais, a lógica do mercado faz as empresas saírem dos países ricos e procurarem países como a China. Os trabalhadores da fábrica da General Motors em Xangai precisam mais ou menos do mesmo número de horas para fazer um automóvel do que os das melhores fábricas nos EUA. Ou seja: a produtividade é mais ou menos a mesma. Só que em Xangai a GM paga US$ 9 por hora, enquanto cada operário americano custa mais de US$ 60 por hora, entre salário e encargos sociais.
Este é o blog do jornalista Nelson Franco Jobim, Mestre em Relações Internacionais pela London School of Economics, ex-correspondente do Jornal do Brasil em Londres, ex-editor internacional do Jornal da Globo e da TV Brasil, ex-professor de jornalismo e de relações internacionais na UniverCidade, no Rio de Janeiro. Todos os comentários, críticas e sugestões são bem-vindos, mas não serão publicadas mensagens discriminatórias, racistas, sexistas ou com ofensas pessoais.
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