Numa tentativa de esfriar a economia e o mercado financeiro, o Banco Popular da China aumentou sua taxa básica de juros em 0,18 ponto percentual para 6,57% ao ano, a banda de flutuação da moeda e o percentual dos depósitos que os bancos devem manter como reserva. A nova taxa de juros vale a partir deste sábado.
A banda de flutuação da moeda chinesa em relação ao dólar passou de mais ou menos 0,3% para mais ou menos 0,5%. Embora o governo chinês diga que sua moeda flutua ao sabor do mercado, o iuã ainda está longe disso.
Desde que abandonou a paridade fixa em relação ao dólar, em julho de 2005, a moeda chinesa valorizou-se 7% em relação ao dólar. Sua cotação é de 7,6636 por dólar.
Como o regime comunista chinês manipula o câmbio, é cada vez maior a pressão sobre o Congresso dos Estados Unidos para adotar medidas protecionistas contra as importações da China.
O Brasil também perde com esta manipulação do câmbio porque o real se valorizou muito nos últimos anos, enquanto os países asiáticos, que têm saldos comerciais maiores, lutam para manter sua competitividade através de uma taxa de câmbio subvalorizada.
Para estimular a poupança e esfriar as bolsas de valores, os depósitos a prazo fixo na China passam a render 3,06%, um aumento de 0,27 ponto percentual.
Este é o blog do jornalista Nelson Franco Jobim, Mestre em Relações Internacionais pela London School of Economics, ex-correspondente do Jornal do Brasil em Londres, ex-editor internacional do Jornal da Globo e da TV Brasil, ex-professor de jornalismo e de relações internacionais na UniverCidade, no Rio de Janeiro. Todos os comentários, críticas e sugestões são bem-vindos, mas não serão publicadas mensagens discriminatórias, racistas, sexistas ou com ofensas pessoais.
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