terça-feira, 15 de maio de 2007

Irã expande programa nuclear

Em uma inspeção de supresa, técnicos da Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA) descobriram que o Irã superou problemas técnicos de seu programa nuclear e está expandindo rapidamente o enriquecimento de urânio, revela hoje o jornal The New York Times.

De acordo com diplomatas e especialistas, a central nuclear iraniana de Natanz já está usando 1,3 mil centrífugas para produzir combustível nuclear para reatores e 164 novas centrífugas são agregadas por semana. Neste ritmo, o Irã pode ter 3 mil centrífugas em operação em junho. É o suficiente, se o urânio for enriquecido a um teor mais elevado, superior a 90%, para fabricar uma bomba atômica por ano.

"Acredito que eles já tem o conhecimento sobrer como enriquecer" urânio, admitiu o diretor-geral da AIEA, Mohammed ElBaradei, do Egito, que há quatro anos negou que o Iraque tivesse retomado seu programa nuclear, como acusavam os Estados Unidos antes da queda de Saddam Hussein. "Daqui em diante, é só uma questão de aperfeiçoar esse conhecimento. Há quem não goste de ouvir isso, mas é a realidade".

O Irã nega que esteja desenvolvendo armas nucleares, mas foi submetido a sanções pelo Conselho de Segurança das Nações Unidas por se negar a parar de enriquecer urânio. Na semana passada, o vice-presidente americanos, Dick Cheney, advertiu mais uma vez que os EUA não permitirão que a república islâmica do Iraque tenha armas atômicas.

Já em 1998, quando visitei a sede da AIEA, em Viena, seus funcionários diziam não ter indícios de que o Iraque teria retomado suas atividades nucleares, enquanto o Irã estaria desenvolvendo a bomba.

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