quinta-feira, 10 de maio de 2007

Blair deixa governo britânico em 27 de junho

O primeiro-ministro britânico, Tony Blair, está falando no seu distrito eleitoral, em Sedgefield, no Norte da Inglaterra, e acaba de anunciar a data em que apresentará sua demissão à rainha Elizabeth II, 27 de junho, depois de ficar dez anos no poder.

Até lá, o Partido Trabalhista vai eleger um novo líder. Com certeza, será o ministro das Finanças, Gordon Brown.

Mais bem-sucedido líder trabalhista britânico, Blair se queimou ao participar da invasão do Iraque ao lado dos Estados Unidos de George Walker Bush. Ao se despedir, declarou: "Fiz o que fiz certo que de era o melhor para o país". Mas admitiu que o fracasso da intervenção do Iraque aumentou o terrorismo internacional, tornando o mundo um lugar menos seguro, o que o governo Bush não reconhece.

Europeísta, Blair tentou, sem muito sucesso, levar a Grã-Bretanha para o centro das decisões européias. Ao privilegiar a "relação especial" com os EUA, afastou-se da França e da Alemanha, o núcleo original da integração da Europa. Mas defendeu uma posição mais ativa no combate ao aquecimento global. Seu governo definiu como meta um corte de 60% nas emissões de gases carbônicos. Também lutou pelo desenvolvimento da África e pelo perdão da dívida dos países pobres.

Com as guerras no Kossovo, no Afeganistão e no Iraque, e a intervenção britânica na guerra civil em Serra Leoa, na África, Blair é o primeiro-ministro que mais mandou soldados do Reino Unido para a guerra desde Winston Churchill, na Segunda Guerra Mundial (1939-45).

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