Depois de muita resistência, o presidente do Banco Mundial, Paul Wolfowitz, acusado de corrupção, nepotismo e tráfico de influência por ter conseguido um grande aumento de salário para a namorada, está negociando os termos de sua demissão. Sua sorte seria decidida hoje mas, a pedido dos Estados Unidos, a reunião do Conselho Diretor do banco foi adiada para amanhã.
Ex-subsecretário da Defesa dos Estados Unidos no primeiro governo George W. Bush, Wolfowitz foi um dos principais arquitetos da invasão do Iraque. Com o fracasso da ocupação, em janeiro de 2005 foi nomeado para a Presidência do Banco Mundial, onde chegou prometendo combater a corrupção.
Agora, alega estar sendo perseguido por causa de seu papel na guerra. Várias vezes, ele tentou "passar adiante deste conflito de interesses" dizendo que queria discutir suas políticas. Mas os países europeus não aceitam que o homem que chegou ao Banco Mundial para combater a corrupção nos países pobres que desviam os empréstimos e ajudas externas que recebem seja pego em flagrante e finja não ter feito nada de errado.
Para sair, Wolfowitz estaria exigindo o reconhecimento dos supostos méritos de seu trabalho à frente do banco.
Pela tradição, os EUA indicam o presidente do Banco Mundial e a Europa o diretor-geral do Fundo Monetário Internacional.
Este é o blog do jornalista Nelson Franco Jobim, Mestre em Relações Internacionais pela London School of Economics, ex-correspondente do Jornal do Brasil em Londres, ex-editor internacional do Jornal da Globo e da TV Brasil, ex-professor de jornalismo e de relações internacionais na UniverCidade, no Rio de Janeiro. Todos os comentários, críticas e sugestões são bem-vindos, mas não serão publicadas mensagens discriminatórias, racistas, sexistas ou com ofensas pessoais.
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