O ex-presidente e senador Carlos Menem declarou que o atual presidente da Argentina, Néstor Kirchner "totalmente pirado" e previu que "vai terminar muito mal, na cadeia ou no hospício".
Em entrevista ao jornal diário Perfil, Menem negou que será candidato a governador da província de La Rioja, afirmando que será candidato a presidente nas eleições de outubro deste ano. Na sua opinião, o candidato do governo será o próprio Kirchner e não sua mulher, a senadora Cristina Fernández de Kirchner.
Entre as duas críticas a seu adversário na eleição presidencial de 2003, o ex-presidente Menem (1989-99) acusou Kirchner de ter enriquecido fazendo agiotagem durante a última ditadura militar argentina (1976-83): "Ele utilizou a ditadura para ir para o Sul trabalhar com a usura, sob a asa dos militares. Em nenhum momento, criticou os indultos".
Para acabar com a ameaça permanente de golpe de Estado, em 1990, Menem deu indulto aos comandantes militares condenados por violações dos direitos humanos durante a ditadura. Kirchner anulou o indulto e reabriu os processos.
Menem acusou o rival dentro do Partido Justicialista (peronista) de ter declarado na época que Menem fez o melhor governo da História da Argentina e de ter se beneficiado da privatização da companhia estatal Yacimientos Petrolíferos Fiscales (YPF). Disse que seu ministério era muito superior, apesar de nomes em comum, como o chefe da Casa Civil, Alberto Fernández, e do atual chanceler, Jorge Taiana, e que "Kirchner é um mal educado. Quando prestei juramento como senador, os gestos que fez não foram de presidente mas de um ordinário".
Em 2003, diante da certeza da derrota no segundo turno, Menem retirou-se da eleição presidencial, negando legitimidade à vitória de Kirchner.
Este é o blog do jornalista Nelson Franco Jobim, Mestre em Relações Internacionais pela London School of Economics, ex-correspondente do Jornal do Brasil em Londres, ex-editor internacional do Jornal da Globo e da TV Brasil, ex-professor de jornalismo e de relações internacionais na UniverCidade, no Rio de Janeiro. Todos os comentários, críticas e sugestões são bem-vindos, mas não serão publicadas mensagens discriminatórias, racistas, sexistas ou com ofensas pessoais.
Assinar:
Postar comentários (Atom)
Nenhum comentário:
Postar um comentário