Diplomatas dos Estados Unidos e do Irã reúnem-se nesta segunda-feira em Bagdá para discutir a segurança do Iraque. Será o primeiro encontro oficial entre representantes dos dois países em 27 anos, desde que Washington rompeu com Teerã por causa da ocupação da Embaixada dos EUA, após a vitória da revolução islâmica.
Os maiores problemas das relações bilaterais EUA-Irã, o programa nuclear iraniano e a detenção da americanos acusados de espionagem no Irã, não devem ser discutidos neste primeiro encontro. Mas sua simples realização já abre a possibilidade de que estas questões venham a ser discutidas mais tarde, se o diálogo evoluir.
"Não estamos esperando nenhum milagre", declarou Hoshyar Zebari, porta-voz do Ministério do Exterior do Irã, "mas é do nosso interesse iniciar um diálogo".
O governo Bush ameaça atacar o Irã, alertando que não vai permitir que a república islâmica tenha armas nucleares.
Já o Irã afirma que descobriu uma rede de espionagem americana e promete mais detalhes em breve. Foram detidos quatro iraniano-americanos acusados de estar desenvolvendo atividades contra o regime dos aiatolás. Como os americanos prenderam cinco agentes iranianos em janeiro, Teerã estaria propondo uma troca de prisioneiros que os EUA rejeitam.
Este é o blog do jornalista Nelson Franco Jobim, Mestre em Relações Internacionais pela London School of Economics, ex-correspondente do Jornal do Brasil em Londres, ex-editor internacional do Jornal da Globo e da TV Brasil, ex-professor de jornalismo e de relações internacionais na UniverCidade, no Rio de Janeiro. Todos os comentários, críticas e sugestões são bem-vindos, mas não serão publicadas mensagens discriminatórias, racistas, sexistas ou com ofensas pessoais.
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