Com o anúncio ontem das mortes de mais oito soldados americanos, maio é o pior mês para os Estados Unidos no Iraque em mais de dois anos. São 112 mortes só neste mês, depois de 104 em abril.
O total de americanos mortos no Iraque desde o início da guerra, em março de 2003, aproxima de 3,5 mil. Como a situação iraquiana não melhora, aumenta o coro de vozes americanas pedindo a volta dos rapazes para casa.
Ontem, pelo menos 40 iraquianos foram mortos por dois carros-bomba. Na véspera, oito americanos tinham sido mortos por bombas de beira de estrada e a queda de um helicóptero.
Na segunda-feira, Memorial Day, o presidente George Walker Bush homenageou os americanos mortos em guerra dizendo que "o resultado [nas guerras do Iraque e do Afeganistão] justifica o sacrifício feito por aqueles que lutaram e morreram". O presidente advertiu anteriormente que o aumento do número de soldados americanos, dentro de sua nova estratégia para garantir a segurança em Bagdá, levaria a um número maior de mortes.
A opinião pública americana não confia mais no presidente. Em pesquisa da rede de TV CBS e do jornal The New York Times, 72% reprovaram a maneira como Bush conduz a guerra, 50% não vêem qualquer melhoria com o envio de mais tropas e 26% acreditam que a situação no Iraque está piorando.
Este é o blog do jornalista Nelson Franco Jobim, Mestre em Relações Internacionais pela London School of Economics, ex-correspondente do Jornal do Brasil em Londres, ex-editor internacional do Jornal da Globo e da TV Brasil, ex-professor de jornalismo e de relações internacionais na UniverCidade, no Rio de Janeiro. Todos os comentários, críticas e sugestões são bem-vindos, mas não serão publicadas mensagens discriminatórias, racistas, sexistas ou com ofensas pessoais.
Assinar:
Postar comentários (Atom)
Nenhum comentário:
Postar um comentário