Depois de meses tentando controlar os blogueiros, o regime comunista da China recuou, o que indica que tem dificuldade para controlar a Internet.
Desde setembro, governo chinês tenta registrar os cerca de 20 milhões de blogueiros do país pelos seus nomes verdadeiros, impedindo o uso de pseudônimos que mascaram a real identidade, mesmo que os blogueiros sempre possam ser identificados pelo IP (Protocolo de Internet) do seu computador.
A ditadura militar chinesa ainda vê a Internet como um ambiente promíscuo, de pornografia e propaganda subversiva. Mas recuou da exigência de que todos os blogueiros sejam registrados.
Por um lado, a Internet criou enormes oportunidades para a florescente economia chinesa. De outro, abalou a rígida censura que o regime comunista exerce sobre seus cidadãos. A Star TV, do magnata da mídia Rupert Murdoch, já foi acusado de censurar o conteúdo de suas TVs a cabo para não melindrar a China.
Em 2005, sob pressão das autoridades, a Microsoft fechou o blog do jornalista Zhao Jing. O Yahoo também foi acusado de ceder às pressões da ditadura chinesa.
Se está recuando agora, estimulando os provedores a registrar os blogueiros, é sinal de que começa a entender que a censura tem limites tecnológicos.
Este é o blog do jornalista Nelson Franco Jobim, Mestre em Relações Internacionais pela London School of Economics, ex-correspondente do Jornal do Brasil em Londres, ex-editor internacional do Jornal da Globo e da TV Brasil, ex-professor de jornalismo e de relações internacionais na UniverCidade, no Rio de Janeiro. Todos os comentários, críticas e sugestões são bem-vindos, mas não serão publicadas mensagens discriminatórias, racistas, sexistas ou com ofensas pessoais.
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