A única maneira de conter o banho de sangue no Iraque é um amplo acordo político entre as diferentes etnias e partidos, afirmou ontem o primeiro-ministro Nuri al-Maliki. Ele acredita que a situação só vai melhorar quando os líderes perceberem que "não há ganhadores nem perdedores nesta batalha".
O governo iraquiano prometeu prender os responsáveis pelos atentados que mataram mais de 200 pessoas no bairro xiita de Cidade Sader na semana passada. Mais 12 sunitas foram mortas em Bagdá neste domingo pelo fogo de morteiros. Um posto americano foi atingido e pegou fogo.
Dois fuzileiros navais dos Estados Unidos que haviam sido feridos na rebelada província de Anbar morreram, elevando para 2.869 o total de militares americanos mortos desde a invasão do Iraque em 20 de março, além de sete civis americanos contratados para trabalhar na reconstrução do país.
Em debate na rede de TV CNN, o ex-assessor de Segurança Nacional dos EUA no governo Jimmy Carter (1977-81), Zibgniew Brzezinski, afirmou que, quanto mais tempo os soldados americanos ficarem no Iraque, pior será a situação do país, descrevendo a intervenção militar como desastrosa.
Já o ex-secretário de Estado Henry Kissinger (1974-77), do Partido Republicano, entende que uma retirada sem um amplo acordo político envolvendo os países vizinhos do Iraque, inclusive o Irã e a Síria, seria catastrófica e provocaria novos intervenções militares ocidentais no Oriente Médio.
Este é o blog do jornalista Nelson Franco Jobim, Mestre em Relações Internacionais pela London School of Economics, ex-correspondente do Jornal do Brasil em Londres, ex-editor internacional do Jornal da Globo e da TV Brasil, ex-professor de jornalismo e de relações internacionais na UniverCidade, no Rio de Janeiro. Todos os comentários, críticas e sugestões são bem-vindos, mas não serão publicadas mensagens discriminatórias, racistas, sexistas ou com ofensas pessoais.
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