Em crise, a Volkswagen, maior fabricante de automóveis da Europa, anunciou hoje inesperadamente que seu diretor-presidente, Bernd Pischetsrieder, deixará a empresa no final do ano. Será substituído a partir de 1º de janeiro por Martin Winterkorn, atual diretor-presidente da Audi, que faz parte do grupo VW. Sua principal tarefa será reestruturar a empresa, que está em crise, precisa cortar custos, quer demitir e por isso enfrenta vários problemas com sindicados na Alemanha e no Brasil.
A decisão surpreendeu o mercado porque em maio a companhia prorrogara o contrato de Pischetsrieder por mais cinco anos.
Pischetsrieder tentou tornar a VW mais competitiva no mercado de carros populares para enfrentar rivais como a japonesa Toyota, depois de desistir de competir no mercado de carros de luxo com os Mercedes-Benz e BMW. Quis ainda reduzir a competição interna no grupo reorganizando a empresa em duas divisões, uma formada pelas marcas Volkswagen, Bentley e Skoda e outra pela Audi, Lamborghini e Seat
Sobrinho-neto de Sir Alec Issigonis, projetista do primeiro Mini Rover, Pischetsrieder graduou-se em engenharia em Munique em 1973 e entrou para a BMW, onde se tornou diretor de produção e diretor presidente. Ele comprou a Rover britânica por um bilhão de libras (US$ 1,8 bilhão) sem uma avaliação correta do valor da empresa e de seus ativos, e investiu mais US$ 6 bilhões nela. Mesmo assim, em 2000, foi dirigir a VW.
O segundo maior fabricante de automóveis da Europa, a francesa Peugeot-Citroen anunciou que Conselho Diretor indicou o ex-diretor presidente da Airbus Christian Streiff para suceder a Jean-Martin Folz como diretor-presidente. Streiff deixou a Airbus há um mês, em meio à crise provocada no atraso do lançamento de um grande avião com capacidade para 600 passageiros.
Este é o blog do jornalista Nelson Franco Jobim, Mestre em Relações Internacionais pela London School of Economics, ex-correspondente do Jornal do Brasil em Londres, ex-editor internacional do Jornal da Globo e da TV Brasil, ex-professor de jornalismo e de relações internacionais na UniverCidade, no Rio de Janeiro. Todos os comentários, críticas e sugestões são bem-vindos, mas não serão publicadas mensagens discriminatórias, racistas, sexistas ou com ofensas pessoais.
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