Na véspera da eleição prévia para escolher o candidato do Partido Socialista à eleição presidencial de 2007 na França, a ser realizada hoje, os dois favoritos aparecem empatados numa pesquisa.
Tanto a favorita da esquerda, Ségolène Royal, quanto o ministro do Interior, Nicolás Sarkozy, têm 34% das preferências, seguidos pelo líder da extrema direita, Jean-Marie Le Pen, da Frente Nacional, com 13%.
Com a desistência do ex-primeiro-ministro Lionel Jospin, que em 2002 perdeu a vaga no segundo turno para Le Pen, Ségolène enfrenta hoje outro ex-primeiro-ministro, Laurent Fabius, e o ex-ministro da Economia Dominique Strauss-Kahn. Ela pediu uma grande votação aos 218 mil filiados do PS francês para evitar o desgaste de um segundo turno que, na sua opinião, só favoreceria à direita.
Ségolène enfrenta restrições da ala mais esquerdista do PS, que considera suas propostas modernizadoras muito liberais. Mas aparece nas pesquisas como a única candidata capaz de derrotar Sarkozy, um filho de imigrantes húngaros que está disposto a reformar o Estado e a economia da França numa linha liberalizante. Ele promete reduzir o desemprego para 5% mas os sindicatos temem que isto seja feito à custa da redução dos direitos e da facilitação de demissões.
Os dois candidatos favoritos são, assim, partidários de uma modernização e da liberalização da economia francesa para enfrentar os desafios da globalização, sinal de que começa a surgir um consenso na França a favor das reformas. Isto não quer dizer que os sindicatos não vão protestar, sair às ruas e promover greves.
Este é o blog do jornalista Nelson Franco Jobim, Mestre em Relações Internacionais pela London School of Economics, ex-correspondente do Jornal do Brasil em Londres, ex-editor internacional do Jornal da Globo e da TV Brasil, ex-professor de jornalismo e de relações internacionais na UniverCidade, no Rio de Janeiro. Todos os comentários, críticas e sugestões são bem-vindos, mas não serão publicadas mensagens discriminatórias, racistas, sexistas ou com ofensas pessoais.
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