Apesar do maior crescimento econômico da História da Humanidade, enquanto a China enriquece os pobres estão ficando mais pobres, adverte uma análise de economistas do Banco Mundial. A renda real dos 10% mais pobres entre os 1,3 bilhão de chineses caiu 2,4% entre 2001 e 2003, embora a economia crescesse 10% ao ano. No mesmo período, a renda dos 10% mais ricos aumentou 16%.
"Uma análise preliminar dos dados sobre a China indica que a renda média da camada mais pobres caiu, enquanto todas as outras camadas tiveram ganhos significativos", declarou Bert Hofman, o principal economista especialista em China do Banco Mundial. "Nossa análise sugere que um considerável número de pessoas abaixo da linha de pobreza foi atingida por um choque na renda e só pode manter o consumo gastando sua poupança".
Isto significa que a promessa do presidente Hu Jintao, que assumiu o poder em 2002, de reduzir as diferenças de renda entre ricos e pobres não está sendo cumprida.
O pesquisador Yasheng Huang, da Escola de Administração Sloan do Instituto de Tecnologia de Massachusetts (MIT), acredita que a pobreza pode ser ainda maior, por causa da metodologia adotada na China, onde o governo caracteriza como pobre quem ganha menos de US$ 83 por ano, 5% da renda média por habitante, enquanto os Estados Unidos usam como limite 12% da renda média.
Este é o blog do jornalista Nelson Franco Jobim, Mestre em Relações Internacionais pela London School of Economics, ex-correspondente do Jornal do Brasil em Londres, ex-editor internacional do Jornal da Globo e da TV Brasil, ex-professor de jornalismo e de relações internacionais na UniverCidade, no Rio de Janeiro. Todos os comentários, críticas e sugestões são bem-vindos, mas não serão publicadas mensagens discriminatórias, racistas, sexistas ou com ofensas pessoais.
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