A secretária de Estado americana, Condoleezza Rice, rejeitou hoje a possibilidade, sugerida pelo primeiro-ministro britânico, Tony Blair, de envolver o Irã e a Síria numa ampla negociação sobre a paz no Oriente Médio, tendo em vista a pacificação do Iraque, do Líbano e da Palestina.
O presidente do Irã, Mahmoud Ahmadinejad, um radical que customa ameaçar Israel, declarou que, "desde o início, dissemos que conversaríamos com os Estados Unidos, sob condições. Se corrigir seu comportamento, conversaremos".
Já o ministro do Exterior da Síria, Walid Mouallem, manifestou o interesse em negociar com os EUA para pacificar O Iraque e garantir sua segurança: "Estendemos a mão com sinceridade. A bola está com os EUA".
Mas Condy Rice não está tão convencida assim da sinceridade dos dois maiores inimigos estatais dos EUA no Oriente Médio: "A questão é saber se há qualquer coisa no comportamento iraniano que possa sugerir que eles estão interessados na estabilidade do Iraque". Quanto à Síria, comentou, "atualmente parece estar alinhada com as forças extremistas".
A abertura de diálogo com a Síria e o Irã deve ser uma das sugestões do Grupo de Estudos sobre o Iraque, presidido pelo ex-secretário de Estado James Baker e o ex-deputado democrata Lee Hamilton, criado para sugerir alternativas para os EUA no Iraque. O próprio Baker lembrou que negociou com a adesão da Síria e a neutralidade do Irã antes da Guerra do Golfo, em 1991, para expulsar os iraquianos no Kuwait.
Este é o blog do jornalista Nelson Franco Jobim, Mestre em Relações Internacionais pela London School of Economics, ex-correspondente do Jornal do Brasil em Londres, ex-editor internacional do Jornal da Globo e da TV Brasil, ex-professor de jornalismo e de relações internacionais na UniverCidade, no Rio de Janeiro. Todos os comentários, críticas e sugestões são bem-vindos, mas não serão publicadas mensagens discriminatórias, racistas, sexistas ou com ofensas pessoais.
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