Ao reatar as relações com o Iraque, rompidas desde 1982, a Síria prometeu ontem colaborar para estabilizar a situação do país vizinho. Mas o que o regime sírio quer mesmo é a retirada das tropas dos Estados Unidos do Iraque, que vê como uma ameaça a si própria.
O governo do presidente Bachar Assad insiste em que está pronto a colaborar. Antes da invasão do Iraque, o líder sírio afirma ter advertido o primeiro-ministro britânico, Tony Blair, de que o caminho para a paz no Oriente Médio é a solução do problema palestino e de que a invasão do Iraque só inflamaria ainda mais a região.
Blair antecipou-se ao Grupo de Estudos sobre Iraque, criado pelo governo americano para buscar alternativas no Iraque, que deve sugerir o diálogo com os países considerados os maiores inimigos dos EUA na região: o Irã e a Síria. Mas o assassinato do ministro cristão libanês Pierre Gemayel, ontem, prejudica esta estratégia de negociação porque agentes e aliados sírios no Iraque são os principais suspeitos.
Este é o blog do jornalista Nelson Franco Jobim, Mestre em Relações Internacionais pela London School of Economics, ex-correspondente do Jornal do Brasil em Londres, ex-editor internacional do Jornal da Globo e da TV Brasil, ex-professor de jornalismo e de relações internacionais na UniverCidade, no Rio de Janeiro. Todos os comentários, críticas e sugestões são bem-vindos, mas não serão publicadas mensagens discriminatórias, racistas, sexistas ou com ofensas pessoais.
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