sábado, 18 de novembro de 2006

Blair admite desastre na guerra do Iraque

O primeiro-ministro britânico, Tony Blair, admitiu ontem à noite pela primeira vez que a ocupação do Iraque por forças dos Estados Unidos e do Reino Unido tem sido "bastante desastrosa". A declaração provocou uma tempestade sobre Londres. A vice-ministra de Comércio, Margaret Hodge, disse a militantes de esquerda que Blair é culpado por "imperialismo moral".

Em entrevista ao novo canal em inglês da rede de televisão árabe especializada em notícias Al Jazira, o primeiro-ministro negou que o fracasso se deva a erros de planejamento, atribuindo-o "a uma estratégia deliberada - com Al Caeda e os insurgentes sunitas, de um lado, e elementos apoiados pelo Irã com milícias xiitas, do outro - para criar uma situação em que a vontade de paz da maioria é suplantada pela vontade de guerra de uma minoria".

Então, quer dizer que a única superpotência e outra potência mundial invadem um país subdesenvolvido mas não conseguem dar conta dos inimigos que criaram e acham que o erro é dos outros?

Esqueceram-se de combinar com o inimigo. Como na famosa frase de Garrincha quanto o técnico Feola apresentava seu plano de jogo para enfrentar a União Soviética na Copa de 1958 - esqueceram-se de avisar os "russos".

Blair insistiu em que o Irã e a Síria devem sair do isolamento e negociar uma paz ampla no Oriente Médio, no Iraque, no Líbano e entre Israel e os palestinos. Até agora, a posição americana foi de rejeitar o diálogo com o Irã enquanto este país não suspender seu programa nuclear e de uma abertura muito limitada à Síria.

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