Um dos maiores craques da História do futebol, o húngaro Ferenc Puskas, capitão da lendária seleção da Hungria na Copa do Mundo de 1954, vice-campeã do mundo, morreu na madrugada de hoje em Budapeste aos 79 anos. Ele sofria do Mal de Alzheimer. Estava internado há seis anos no hospital Kütvolgyi, na capital húngara.
Depois de liderar a Hungria, derrotada pela Alemanha por 3-2 na final em Berna, Puskas fugiu de seu país quando a União Soviética esmagou uma tentativa de criar um governo comunista independente de Moscou, em 1956. Exilado na Espanha, jogou no Real Madrid de Di Stefano e Santamaría, cinco vezes campeão da Europa, considerado um dos melhores times do mundo na época, comparável ao Santos de Pelé.
Por uma ironia da História, o surgimento do videoteipe nos permitiu ver os filmes de Copas do Mundo passadas. Uma exame detalhado dos gols da final da Copa de 54. A Hungria saiu na frente. Em 10 minutos, ganhava por 2-0. No gol de empate da Alemanha, o goleiro húngaro foi claramente empurrado num escanteio.
Mais ainda: logo depois que a Alemanha faz 3-2, a Hungria ataca e Puskas empata o jogo. O juiz dá impedimento inexistente, revela o VT.
Conclusão: a Hungria foi a campeã moral de Copa de 54. Passou à História como a Holanda de Johann Cruiff em 1974 e o Brasil de Telê Santana em 1982, entrando para a galeria dos grandes times e grandes craques que jamais conseguiram ser campeões do mundo.
Este é o blog do jornalista Nelson Franco Jobim, Mestre em Relações Internacionais pela London School of Economics, ex-correspondente do Jornal do Brasil em Londres, ex-editor internacional do Jornal da Globo e da TV Brasil, ex-professor de jornalismo e de relações internacionais na UniverCidade, no Rio de Janeiro. Todos os comentários, críticas e sugestões são bem-vindos, mas não serão publicadas mensagens discriminatórias, racistas, sexistas ou com ofensas pessoais.
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