quarta-feira, 24 de junho de 2015

Obama jura a Hollande que EUA não espionam presidente francês

Em conversa por telefone hoje com o presidente da França, François Hollande, o presidente Barack Obama afirmou que os Estados Unidos não o espionam, ao contrário do que revelaram ontem documentos vazados pelo sítio WikiLeaks e divulgados pelo jornal Libération

Obama reafirmou o que prometeu pessoalmente à chanceler (primeira-ministra) da Alemanha, Angela Merkel, que está "firmemente engajado contra a espionagem de aliados".

Hollande convocou uma reunião de emergência do Conselho de Segurança Nacional ao saber, no escândalo batizados de FranceLeaks que a Agência de Segurança Nacional dos EUA escutou telefonemas dos três últimos presidentes da França: Jacques Chirac, Nicolas Sarkozy e o próprio Hollande. O Ministério do Exterior francês pediu explicações à embaixadora americana em Paris, Jane Hartley.

A presidente Dilma Rousseff cancelou uma visita de Estado aos EUA quando os documentos vazados pelo ex-agente Edward Snowden revelaram, em 1º de setembro de 2013, que seu telefone era grampeado pelos serviços secretos americanos. A viagem está remarcada para 27 a 30 de junho de 2015 como uma visita de governo.

A espionagem de países amigos e inimigos é prática comum e regular da diplomacia há séculos. Os EUA e Israel são aliados incondicionais, mas mantêm agentes presos por passar segredos de Estado ao amigo. É uma tradição das Nações Unidas que as grandes potências com poder de veto espionem o gabinete do secretário-geral. Mas as denúncias do WikiLeaks e de Snowden abalaram a imagem dos EUA no mundo com prejuízos para o país.

Nenhum comentário: