terça-feira, 6 de agosto de 2019

Trump congela todos os bens da Venezuela nos EUA

Por decreto, o presidente Donald Trump ordenou ontem o congelamento de todos os ativos da Venezuela e proibiu qualquer transação com a ditadura de Nicolás Maduro, sob pena de sanções, noticiou hoje o jornal The Wall Street Journal, porta-voz do centro financeiro de Nova York.

Este embargo total é mais uma tentativa dos Estados Unidos de aumentar a pressão sobre o regime chavista e forçar sua queda. A Venezuela já está sob sanções, especialmente a companhia estatal Petróleos de Venezuela (PdVSA). O sucesso da nova medida depende da capacidade do governo americano que impor o embargo enquanto China e Russia mantêm o apoio a Maduro.

Ao reagir às novas sanções, o governo venezuelano acusou os EUA de "terrorismo econômico". Os EUA adotaram este tipo de embargo contra Cuba e a Coreia do Norte, sem conseguir derrubar seus regimes comunistas.

Em janeiro, o presidente da Assembleia Nacional, Juan Guaidó, foi proclamado presidente interino. Seu governo paralelo foi reconhecido pelos EUA, pela maioria dos países da América Latina, inclusive o Brasil, e pela maioria da União Europeia.

O governo Trump tentou usar uma operação de ajuda humanitária para desestabilizar Maduro e Guaidó chegou a convocar um levante popular e militar contra a ditadura, mas a cúpula das Forças Armadas manteve o apoio ao regime chavista.

Durante o último encontro do presidente Jair Bolsonaro com Trump, na reunião do Grupo dos 20 em Osaka, no Japão, no fim de junho, o Brasil deixou claro que não vai participar de qualquer intervenção militar na Venezuela. Trump e Bolsonaro também manifestaram preocupação com uma possível derrota do presidente Mauricio Macri na eleição presidencial de outubro na Argentina.

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