A Coreia do Norte disparou hoje dois mísseis de curto alcance. Em carta ao presidente Donald Trump, o ditador Kim Jong Un declarou que os testes são uma resposta às "ridículas e caras" manobras militares conjuntas realizadas neste mês pelos Estados Unidos e a Coreia do Sul - e propôs a retomada das negociações entre os dois países.
O teste aconteceu horas depois de Trump anunciar ter recebido uma "carta muito linda" de Kim. Os dois líderes se encontraram pela terceira vez em 30 de junho, na zona desmilitarizada entre as duas Coreias, e combinaram retomar as negociações para desnuclearizar a Península Coreana.
As Forças Armadas da Coreia do Sul estimaram que os mísseis subiram a uma altitude de 48 quilômetros e percorreram uma distância de cerca de 400 km. O presidente minimizou a importância dos testes: "Vou repetir: não houve mais testes nucleares. Os testes de mísseis foram todos de curto alcance. Não houve testes de mísseis balísticos. Nem de mísseis de longo alcance."
Trump está errado. Eram mísseis balísticos de curto alcance. Caso contrário, não subiriam 48 km. Não podem atingir o território continental dos EUA, mas podem atacar aliados e tropas americanas na região.
O regime comunista norte-coreano alega que as manobras conjuntas dos EUA e da Coreia do Sul são um treinamento para invadir o país.
Este é o blog do jornalista Nelson Franco Jobim, Mestre em Relações Internacionais pela London School of Economics, ex-correspondente do Jornal do Brasil em Londres, ex-editor internacional do Jornal da Globo e da TV Brasil, ex-professor de jornalismo e de relações internacionais na UniverCidade, no Rio de Janeiro. Todos os comentários, críticas e sugestões são bem-vindos, mas não serão publicadas mensagens discriminatórias, racistas, sexistas ou com ofensas pessoais.
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