O mercado de trabalho dos Estados Unidos voltou a mostrar vigor em julho, com 164 mil contratações a mais do que demissões, mantendo uma base firme para o crescimento da maior economia do mundo, ininterrupto há quase dez anos. A taxa de desemprego, medida em outra pesquisa, ficou estável em 3,7%. É a menor desde 1969.
O salário médio no setor privado registrou alta de 3,2% ao ano. Ficou em US$ 27,98 por hora, quase R$ 109. Com um recorde de 157,288 milhões de americanos empregados, a participação da força de trabalho chegou a 63% das pessoas em idade de trabalhar.
A força do mercado de trabalho americano faz um contraponto à fraqueza da economia internacional, abalada pelas guerras comerciais do presidente Donald Trump e outros riscos políticos, como a saída do Reino Unido da União Europeia.
Sob pressão de Trump, há dois dias, o Conselho da Reserva Federal (Fed), a diretoria do banco central dos EUA, reduziu a taxa básica de juros em 0,25 ponto percentual para uma faixa de 2% a 2,25% ao ano.
A meta do Fed é o maior emprego possível com a inflação sob controle. O Comitê de Mercado Aberto persegue informalmente um crescimento de preços ao consumidor de 1% até 2% ao ano. O relatório de emprego mostra que o mercado de trabalho continua firme, apesar da guerra comercial com a China e da desaceleração da economia mundial.
Nos primeiros sete meses do ano, houve um saldo positivo de 165 mil empregos por mês, abaixo dos 223 mil de 2018, mas ainda um nível elevado e estável, mesmo com desemprego muito baixo.
Em julho, o ciclo de expansão da economia americana se tornou o mais longo da história. Mas o ritmo caiu de 3,1% ao ano no primeiro trimestre para 2,1% no segundo.
Este é o blog do jornalista Nelson Franco Jobim, Mestre em Relações Internacionais pela London School of Economics, ex-correspondente do Jornal do Brasil em Londres, ex-editor internacional do Jornal da Globo e da TV Brasil, ex-professor de jornalismo e de relações internacionais na UniverCidade, no Rio de Janeiro. Todos os comentários, críticas e sugestões são bem-vindos, mas não serão publicadas mensagens discriminatórias, racistas, sexistas ou com ofensas pessoais.
sexta-feira, 2 de agosto de 2019
EUA geram mais 164 mil empregos
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